Soluções de Governo? "Desafio é para quem assumir responsabilidades"

Fernando Medina salientou que "não é bom para o sistema político haver um bloco central" e, caso acontecesse, "a única força da oposição que o país teria era precisamente um partido de extrema-direita".

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Daniela Carrilho
12/03/2024 12:05 ‧ 12/03/2024 por Daniela Carrilho

Economia

Fernando Medina

O ministro das Finanças, Fernando Medina, falou, na manhã desta terça-feira, sobre os resultados eleitorais de domingo durante a Ecofin, a reunião de ministros da União Europeia (UE), em Bruxelas.

"Partilhei os resultados a todo o Conselho e aquilo que me parece o mais importante, a convicção de que o futuro Governo, que será liderado pela Aliança Democrática (AD), por Luís Montenegro, irá dar continuidade à trajetória de contas certas que o país tem seguido. Aliás, é o compromisso que assumiu no seu programa eleitoral", começou por dizer Medina em declarações aos jornalistas.

No que diz respeito à subida da extrema-direita, o responsável pela tutela das Finanças considerou que Portugal "era um quadro de exceção" relativamente ao que se vive em outros países da UE.

Após uma maioria absoluta "estável", Medina afirmou que, neste momento, "temos um quadro político diferente, um poder político muito mais espartilhado do ponto de vista parlamentar com um partido de extrema-direita com uma expressão significativa, com uma necessidade dos partidos mais à Direita encontrarem soluções de governabilidade, um quadro mais complexo".

Esse "desafio é obviamente para quem agora assumir responsabilidades na governação".

No que diz respeito à negociação do Orçamento do Estado, Medina salientou que "um país tem de ter a funcionar em simultâneo um bloco que governe e um bloco que faça a oposição, que fiscalize, que vigie e que tenha capacidade de construir uma alternativa em permanência no país".

"O resultado das eleições ditou que quem governará o país será a AD e assim deve ser, devem ter as condições para assumir e executar a sua governação", observou Medina, reiterando que "o PS será o líder da oposição".

O ministro enfatizou ainda que "não é bom para o sistema político haver um bloco central, seja ele informal e muito menos formal", uma vez que, a acontecer, "a única força da oposição que o país teria era precisamente um partido de extrema-direita", o que resultaria numa nova subida do eleitorado do Chega.

Recorde-se que, de acordo com os resultados provisórios, a AD, que concorreu no continente e nos Açores, obteve 1.757.879 votos, 28,63% do total, e elegeu 76 deputados.

Somando a estes resultados os três eleitos e 52.992 votos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 1.810.871 votos, 29,49% do total, e 79 mandatos - 77 do PSD e 2 do CDS-PP.

O PS obteve 1.759.937 votos, 28,66%, e elegeu 77 deputados.

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