Japão reduz défice comercial em mais de metade com subida de exportações

O Japão registou um défice comercial de 379,4 mil milhões de ienes (2,3 mil milhões de euros) em fevereiro, menos 59% do registado em igual período de 2023, graças às exportações, avançou hoje o Governo.

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© YUICHI YAMAZAKI/AFP via Getty Images

Lusa
21/03/2024 06:52 ‧ 21/03/2024 por Lusa

Economia

Japão

Ainda assim, o país registou o segundo mês consecutivo de défice, após ter tido em dezembro um excedente comercial de 62,1 mil milhões de ienes (382 milhões de euros), de acordo com dados divulgados pelo Ministério das Finanças japonês.

As exportações do Japão cresceram 7,8% em termos homólogos em janeiro para 8,24 biliões de ienes (50,1 mil milhões de euros), graças ao aumento das vendas de veículos e máquinas elétricas para o estrangeiro.

Foi o terceiro mês consecutivo de aumento das exportações, uma boa notícia que surge dois dias depois de o banco central do Japão ter subido a taxa de juro de referência a curto prazo para níveis positivos, pela primeira vez desde 2007.

As importações japonesas, que tinham diminuído em termos mensais há quase um ano, cresceram 0,5% em termos homólogos em fevereiro, para 8,62 biliões de ienes (52,4 mil milhões de euros).

Os maiores aumentos foram registados na compra de alimentos, produtos médicos e computadores, enquanto as importações de automóveis e de maquinaria de geração de energia caíram.

Tóquio registou um défice de 437,4 mil milhões de ienes (2,65 mil milhões de euros) nas trocas com a China, o maior parceiro comercial do Japão, mais do dobro do que em fevereiro de 2023.

Pelo contrário, o país asiático obteve um excedente de 711,7 mil milhões de ienes (4,32 mil milhões de euros), uma subida de 34,2%, nas trocas com os Estados Unidos, a maior economia do mundo e o segundo parceiro comercial do Japão.

Com a União Europeia, o terceiro parceiro comercial nipónico, Tóquio registou um défice de 18,6 mil milhões de ienes (112 milhões de euros), menos 84,7% do que em fevereiro de 2023.

O défice do Japão nas trocas com o Brasil, um dos principais parceiros comerciais do país asiático, subiu 3,4%, para 73,3 mil milhões de ienes (444 milhões de euros).

O Japão registou um défice comercial recorde de 21,7 biliões de ienes (147,2 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2022, que terminou a 31 de março de 2023.

O valor foi quase quatro vezes superior ao défice de 5,6 biliões de ienes (39,6 mil milhões de euros) registado no ano fiscal de 2021.

A última vez que o país teve um excedente comercial, de 998,6 mil milhões de ienes (6,7 mil milhões de euros), foi em 2020.

O Japão perdeu, no ano passado, o título simbólico de terceira maior economia mundial para a Alemanha, sobretudo devido à queda do iene.

No quarto trimestre, o Produto Interno Bruto do Japão voltou a contrair (-0,1% em termos trimestrais em cadeia, em termos reais corrigidos de sazonalidade), o segundo declínio consecutivo após uma queda mais acentuada no período julho-setembro (-0,8%).

Leia Também: Bolsa de Tóquio fecha a ganhar 2,03%

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