Arrancou na segunda-feira, dia 1 de abril, a campanha de entrega do IRS referente aos rendimentos obtidos, em território nacional, em 2023. As declarações devem ser submetidas até ao próximo dia 30 de junho.
A DECO PROteste ressalva, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, que a "mudança da retenção na fonte do IRS a partir de julho poderá agora traduzir-se num reembolso menor ou em imposto a pagar" e que os "reembolsos têm sido mais rápidos para contribuintes abrangidos pelo IRS automático".
Com esta 'temporada' a começar, é importante que os contribuintes estejam cientes dos novos procedimentos e alterações para evitar contratempos ou mitigar imprevistos. Por isso, a DECO PROteste listou vários passos e conselhos que não devem ser esquecidos.
Nova senha de acesso no Portal das Finanças
Precisa da sua? Se é o seu caso, deve solicitar a sua senha antecipadamente para evitar atrasos na entrega e prejuízos financeiros. Pode demorar cerca de cinco dias úteis a chegar.
IRS Automático
O IRS automático foi alargado a mais contribuintes este ano. Assim, "os contribuintes com certificados de reforma juntam-se às pessoas com rendimentos de trabalho dependente, independente ou de pensões, com ou sem dependentes a cargo, e sem pensões de alimentos ou benefícios fiscais".
Os contribuintes podem confirmar no Portal das Finanças se têm direito a esta forma mais prática e célere de declarar os seus rendimentos. Desta forma, "se aceitarem a proposta sem esperar pelo final de junho, o reembolso poderá chegar mais cedo". No entanto, é recomendado aos contribuintes que confiram "os dados pré-preenchidos".
Volume do reembolso
"A mudança da retenção na fonte do IRS a partir de julho de 2023 poderá agora traduzir-se num reembolso menor ou em imposto adicional a pagar. O IRS automático pode levar os contribuintes a precipitarem-se na validação dos dados", refere a DECO PRoteste, salientando, por isso, que é crucial:
- Verificar e validar as faturas com despesas dedutíveis para minimizar impactos indesejados no imposto a pagar;
- Certificar que todas as deduções calculadas pela Autoridade Tributária estão corretas;
- Corrigir quaisquer falhas nas despesas ao preencher a declaração de IRS.
De recordar que "não há vantagens em apresentar a declaração de IRS nos primeiros dias", assim como "nos últimos", uma vez que "é recomendável esperar alguns dias para que todas as falhas estejam corrigidas e não correr o risco de o sistema ficar sobrecarregado nos últimos dias de junho".
"Os contribuintes devem simular os vários cenários possíveis antes de submeterem a declaração preenchida. Há opções que podem ditar um maior reembolso ou menos IRS a pagar", declara a organização de defesa dos consumidores, acrescentando que se deve "confirmar se o IBAN está correto" e ter em conta possíveis "tentativas de fraude".
Correções de faturas
Há a possibilidade de "efetuar correções das despesas dedutíveis submetidas sem custos" durante os meses previstos para entrega da declaração de IRS. Para isso, basta "corrigir manualmente os valores, rejeitando a importação automática".
Vale ainda relembrar que, se não exceder os 30 dias, o atraso na entrega da declaração "pode resultar numa coima de, no mínimo, 25 euros".
Leia Também: Já entregou o IRS? Eis como consultar o estado e obter o comprovativo