Para a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal e a Irmandade Operária de Ação Católica de Espanha, esta preocupação estende-se também "ao futuro do trabalho imposto pelas novas tecnologias e pela precariedade, já que tudo isto impede muitas pessoas de desfrutar de uma vida digna".
As duas estruturas estiveram reunidas em Plasencia, Cáceres, nos últimos três dias e hoje, no comunicado final da reunião, deram conta de que no encontro foi abordada ainda "a situação de guerra e a normalização da inumanidade, bem como a ascensão da extrema-direita em diferentes países, o que significa um aumento de políticas contrárias à fraternidade e propensas a promover o ódio e a divisão entre diferentes povos".
As duas estruturas ibéricas de trabalhadores cristãos sublinharam "a importância das organizações locais, políticas e sindicais, que criam consciência e articulam a participação e o compromisso (...), reafirmando a democracia e o papel fundamental das instituições na mesma".
Na conferência bilateral de três dias, foi ainda sublinhado que "a Igreja está a viver um momento histórico com o processo sinodal que (...) impele a uma maior corresponsabilidade e a trabalhar pela igualdade das mulheres no seio da Igreja, (...) a abrir-se a um maior diálogo com o mundo, a crescer em proximidade, em simplicidade e no compromisso com a realidade".
"Temos esperança de que essa mudança nos conduza a uma Igreja mais autêntica e comprometida com os últimos", concluíram os participantes na reunião.
A LOC/MTC Portugal, cuja direção é coordenada por Américo Monteiro, tem estruturas locais na maioria das dioceses, que vão acompanhando o mundo do trabalho a partir de uma perspetiva cristã.
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