O índice seletivo Dow Jones Industrial Average manteve a cabeça acima de água, com uma valorização de 0,56%, mas o tecnológico Nasdaq perdeu 2,05% e o alargado S&P500 registou a sexta baixa consecutiva com uma perda de 0,88%.
O S&P500, o índice mais representativo do mercado, ficou abaixo do limiar dos cinco mil pontos pela primeira vez desde fevereiro.
As inquietações geopolíticas envolventes do confronto entre Israel e Irão, o afastamento temporal de uma redução das taxas de juro pelo banco central dos EUA [Reserva Federal (Fed)] e a apreensão quanto a vários resultados empresariais na próxima semana desorientaram os investidores e forçaram-nos à prudência.
"O elemento de incerteza geopolítica continua bem presente, tal como o relativo à baixa da taxa de juro", resumiu Patrick O'Hare, da Briefing.com.
O analista sublinhou que um dos dirigentes do banco central, Neel Kashkari, da antena da Fed em Minneapolis, membro não-votante do Comité de Política Monetária [OMC, na sigla em Inglês] este ano, "sugeriu que a Fed poderia esperar por 2025 para baixar a taxa de juro" de referência.
O Dow Jones conseguiu manter-se em terreno positivo porque, segundo Peter Cardillo, da Spartan Capital, os investidores já descontaram as represálias de Israel contra o Irão, que foram limitadas.
Várias explosões foram assinaladas no início de sexta-feira no centro do Irão, com vários dirigentes dos EUA citados pela imprensa a darem conta de um ataque israelita, em represália pelos lançamentos de drones e de mísseis para Israel durante o fim de semana.
Vários títulos bancários e financeiros ajudaram o índice seletivo a permanecer em território positivo.
No Nasdaq, a tecnologia afundou, arrastada pela deceção com os resultados da Netflix.
No total, as 'Sete Magníficas' -- Microsoft, Nvidia, Apple, Amazon, Meta, Alphabet e Tesla -- perderam, em termos agregados, mais de 900 mil milhões de dólares de capitalização bolsista em Wall Street esta semana.
Contudo, a Netflix anunciara bons resultados na quinta-feira depois do fecho do mercado, com a divulgação de uma subida em nove milhões de assinantes, que elevou o total para 270 milhões.
Mas a ação, que tinha duplicado a capitalização em um ano, desvalorizou 9,09%.
O grupo, que lucrou 2,3 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, preveniu que os seus ganhos de assinantes iriam baixar, que foi o que os investidores retiveram. Para mais, a Netflix anunciou que iria deixar de divulgar os números trimestrais relativos aos assinantes.
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