"A campanha é enganosa e com ela procura o Lidl demonstrar não apenas que é a cadeia mais barata do mercado como o é em, pelo menos, 10%. Não é verdade e o Pingo Doce viu-se obrigado a fazer intervir, por um lado, o ARP, por outro a DGC, para análise da conformidade desta campanha com a lei, designadamente com a lei que regula sobre publicidade comparativa", lê-se numa 'newsletter' do Pingo Doce enviada aos clientes.
Segundo a empresa do grupo Jerónimo Martins, o ARP e a DGC concluíram que "a campanha é enganosa, sendo suscetível de induzir o consumidor em erro", determinado que a mesma deve ser cessada imediatamente.
Em causa está uma campanha publicitária do Lidl, com início em fevereiro, que faz uma comparação de preços entre várias superfícies comerciais, afirmando que a própria é a mais barata do mercado.
A análise, que conta com o apoio da Marktest, utiliza um cabaz semanal aleatório de 25 produtos, que o Pingo Doce diz serem escolhidos "por forma em que, em cada cabaz, os preços do Lidl sejam 10% mais baratos do que a concorrência".
A mesma nota refere que os cabazes não são representativos e que são escolhidos para demonstrar um "suposto preço global 10% mais barato do que a concorrência, isto é manipulados".
O Pingo Doce disse ainda que esta análise apresenta erros relativamente aos preços que este supermercado efetivamente pratica, para além de recorrer a produtos "não comparáveis" ou que o Pingo Doce não vende.
"Uma vez que o Pingo Doce, uma marca portuguesa com mais de 40 anos e que sempre tem pautado a sua conduta por transmitir informação correta, transparente e leal aos seus clientes e ao mercado sobre os produtos e serviços que comercializa, é assim forçada, dado o respeito grosseiro e inaceitável do Lidl, a vir a público com esta informação em defesa do seu bom nome e da verdade devida aos seus clientes e aos portugueses em geral", concluiu.
A Lusa contactou o Lidl e aguarda uma resposta.
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