A Galp Energia obteve um lucro de 337 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, 35% acima dos 250 milhões de euros do período homólogo e que compara com 284 milhões do trimestre anterior.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a petrolífera refere que "apresentou um conjunto robusto de resultados, impulsionados por um sólido desempenho no 'upstream' [exploração e produção] e na refinação e pela contribuição das atividades de gestão de energia".
O lucro do grupo antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 974 milhões de euros, no primeiro trimestre, que comparam com 864 milhões no mesmo trimestre do ano passado e com 720 milhões no conjunto dos três meses anteriores.
No final do primeiro trimestre, a dívida líquida da Galp ascendia a 1.500 milhões de euros, 12% acima dos 1.341 milhões registados no primeiro trimestre do ano passado, e a dívida líquida sobre o Ebitda ajustado era de 0,4 vezes.
Já a margem de refinação baixou para 12 dólares por barril, face aos 14,3 dólares por barril do primeiro trimestre de 2023.
O 'cash flow' operacional ajustado (FCO) registou uma subida homóloga de 363 milhões para 595 milhões de euros, "refletindo um sólido desempenho operacional", referiu a Galp.
Na área da exploração e produção ('upstream'), o Ebitda da Galp subiu 8% para 548 milhões de euros, em termos homólogos, enquanto no segmento industrial o Ebitda avançou 34% para 314 milhões de euros.
Já nas energias renováveis e novos negócios, a petrolífera registou um Ebitda de 35 milhões de euros e mais do que duplicou a geração de energia para 448 gigawatts/hora (GWh), face ao mesmo período do ano anterior.
Na área comercial, o Ebitda recuou 9% para 64 milhões de euros, refletindo as quebras na venda de produtos petrolíferos, sobretudo a clientes empresariais em Espanha, e de renováveis (-75% para nove milhões de euros).
No primeiro trimestre, os preços da eletricidade nos mercados grossistas atingiram preços especialmente baixos, afetando empresas como a Galp.
No primeiro trimestre, o investimento líquido da Galp quase triplicou para 310 milhões de euros, grande parte dirigido ao Brasil e à Namíbia.
"Na Namíbia, juntamente com os nossos dois parceiros locais, Namcor e Custos, reduzimos significativamente o risco do complexo de Mopane depois de concluirmos os primeiros dois poços e o DST em Mopane 1X. Encontrámos colunas significativas de petróleo leve em condições de reservatório de alta qualidade, colocando Mopane como uma potencial grande descoberta comercial", lembrou, no comunicado, o presidente executivo da Galp, Filipe Silva.
O responsável referiu ainda que "isto deverá apoiar o perfil de crescimento da Galp nas próximas décadas".
[Notícia atualizada às 08h14]
Leia Também: Bruxelas tem que "regular abundantemente" e apoiar projetos de lítio