BCP. Redução de negócio de banco é expectável face à política monetária
O presidente do BCP, Miguel Maya, considerou hoje que a redução de negócio do banco era expectável face à política monetária.
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Economia BCP
"A redução do negócio é expectável, seria estupefacto com esta política monetária que o BCP crescesse em volume de negócio, a pergunta seria o que estão a fazer na política de risco", afirmou Miguel Maya, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro trimestre, em que o banco teve lucros de 234,3 milhões de euros.
Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, no Tagus Park (Oeiras), o presidente executivo do BCP apenas vai fazer aquilo que consegue, uma vez que a política monetária é restritiva.
"O que vamos fazer é fazer aquilo que podemos fazer, merecer a preferência dos clientes", afirmou, apontando que a expectativa é que haja uma inversão no campo das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE).
"O que sabemos todos é que a política monetária é restritiva. A expectativa é que haja inversão de contexto de taxa de juro mais próximo do que a que se antecipava no início do ano. Estamos preparados para beneficiar desse momento", defendeu Miguel Maya.
Em julho de 2022, o BCE iniciou o ciclo de subidas das taxas de juro com o objetivo de controlar a inflação. Mais de um ano depois, em outubro de 2023, fez a primeira pausa nesse rápido ciclo de subidas, mas logo avisou que um corte nos juros ainda ia demorar devido aos riscos inflacionistas.
A carteira de crédito (bruto) consolidado do BCP totalizava 56.822 milhões de euros no final de março, menos 0,8% face à mesma data de 2023, tendo recuado, em Portugal, 3,8%, para 38.409 milhões de euros.
Sobre a redução da carteira de crédito em Portugal, que em termos nominais foi de cerca de 1.528 milhões de euros, Miguel Maya considerou que tal é resultado da "economia a arrefecer".
Na apresentação de resultados, Miguel Maya disse-se ainda satisfeito com o anúncio da construção do novo aeroporto internacional de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete e mostrou abertura do banco para apoiar clientes.
"Vemos com satisfação que se tenha tomado a decisão, e o BCP estará particularmente ativo em tudo o que seja apoiar clientes, em todas as oportunidades de negócio relacionadas", afirmou o presidente do banco.
O Millennium BCP anunciou hoje que teve lucros de 234,3 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 8,4% do que nos primeiros três meses de 2023.
A margem financeira (a diferença entre juros cobrados nos créditos e juros pagos nos depósitos) subiu 4,8% para 696,2 milhões de euros e as comissões ficaram praticamente estáveis (variação de 0,5%) nos 196,4 milhões de euros.
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