Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em março a remuneração bruta regular mensal média -- que exclui componentes salariais como os subsídios de férias e de Natal, pelo que tem um comportamento menos sazonal -- foi de 1.285 euros, registando um aumento homólogo nominal de 6,1% e real (tendo em conta a inflação) de 3,8%.
Já a remuneração bruta base mensal média por trabalhador situou-se em 1.138 euros e registou um acréscimo nominal de 6,3% e real de 4,0%.
Estes resultados abrangem 4,6 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações, mais 2,9% do que no mesmo período de 2023.
Segundo o INE, em relação a março de 2023, a remuneração bruta total mensal média aumentou em todas as dimensões de análise (atividade económica, dimensão de empresa, setor institucional, intensidade tecnológica e intensidade de conhecimento).
Os maiores aumentos foram observados nas "indústrias extrativas" (12,9%), nas empresas de 500 e mais trabalhadores (6,9%), no setor público (6,3%) e nas empresas de "serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento" (9,4%).
Em março, a remuneração total média por trabalhador variou entre 902 euros nas atividades de "agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca" e 3.237 euros nas atividades de "eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio".
Já a remuneração regular e a remuneração base registaram também o seu valor mais baixo nas atividades de "agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca" (812 euros e 792 euros, respetivamente) e o mais alto nas atividades de "eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio" (2.745 euros e 2.520 euros).
Por dimensão de empresa, a remuneração total variou entre 1.000 euros nas empresas com um a quatro trabalhadores e 1.716 euros nas empresas com 500 ou mais trabalhadores.
Numa análise por setor institucional, verifica-se que as remunerações total, regular e base da Administrações Públicas (AP) aumentaram, em termos reais e homólogos, 4,0%, 4,1% e 4,3%, respetivamente.
No setor privado, o aumento real homólogo foi 3,9% na total, 3,9% na regular e 4,1% na base.
Segundo nota o INE, as diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das AP e o setor privado "refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado, na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações dos trabalhadores que os integram.
"Verifica-se que os trabalhadores do setor das AP têm, em média, níveis de escolaridade mais elevados: 55,6% dos trabalhadores neste setor tinham ensino superior (24,9% no setor privado), 26,8% tinham completado o ensino secundário ou pós-secundário (32,3% no setor privado) e 17,6% tinham um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico (42,7% no setor privado)", precisa.
[Notícia atualizada às 13h49]
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