Novo aeroporto? "Uma epopeia que se arrastava há tempo demais"
Ministro das Infraestruturas participa no debate sobre política setorial na Assembleia da República e, na sua intervenção inicial, destacou as decisões anunciadas na terça-feira quanto ao futuro aeroporto de Lisboa, mas também o pacote de medidas para a habitação, que defendeu que "não deve ser arma de arremesso do jogo político".
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Economia Governo
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, defendeu, esta sexta-feira, no Parlamento, que o Governo, "em funções há apenas um mês, já tomou "decisões que implicavam para uma vida inteira", congratulando-se com a mais recente decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, que descreveu como "uma epopeia que se arrastava há tempo demais e que se condicionava à evolução do nosso país".
Na sua primeira intervenção neste debate, o governante começou por destacar que o Executivo pretende "construir Portugal", um "futuro coletivo", que não se pode "mais adiar".
"É também a pensar nesse futuro que tomámos a decisão da localização do novo aeroporto de Lisboa. Há pouco mais de um ano, em conjunto com o anterior governo, definimos uma metodologia, criámos uma comissão técnica e independente e estudaram-se as diversas localizações. Eu diria todas as localizações possíveis. Cumpriu-se o tempo dos técnicos, chegámos ao tempo dos políticos, ao tempo das decisões. E a decisão tão adiada, foi tomada", disse.
"Uma epopeia que se arrastava há tempo demais e que se condicionava à evolução do nosso país", frisou.
Na abertura do debate, Pinto Luz deu também uma resposta indireta a dúvidas que têm sido colocadas pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, sobre o aumento do número de voos no atual aeroporto Humberto Delgado.
"O Aeroporto Humberto Delgado há muito que não dá a necessária resposta. Ocupando permanentemente os piores lugares nos 'rankings' de serviço. É preciso intervir, é preciso aumentar o número de movimentos possíveis, é preciso que, mesmo sabendo que de forma temporária -- de forma temporária - o Aeroporto Humberto Delgado sirva condignamente Lisboa e Portugal", afirmou.
"Por isso também aqui serão feitas intervenções. Se modernizará e se aumentará a capacidade deste nosso velhinho e agora provisório aeroporto", assegurou. Desta forma, atirou: "O Governo pode estar em funções há apenas um mês, mas já tomamos decisões que implicavam para uma vida inteira".
Habitação "não deve ser arma de arremesso"
Antes, o ministro das Infraestruturas havia também falado sobre as mais recentes medidas anunciadas para a habitação, defendendo que a mesma "não deve ser arma de arremesso do jogo político" e agradeceu aos partido terem aceitado dialogar com o Governo.
"Não tenho dúvidas que se há matéria que une este hemiciclo é o sentimento de urgência para com a crise na Habitação. Mais do que apontar culpados, do que fazer o habitual jogo de passa culpas, o Governo está concentrado em desenvolver soluções", defendeu Pinto Luz.
O ministro acrescentou que, "se há matéria que pela sua urgência não deve ser arma de arremesso do jogo político, é sem sombra de dúvida a Habitação".
"É justo agradecer-vos por terem aceitado este repto e pelo sentido de responsabilidade que todos, sem exceção, trouxeram para estes encontros. Para esta dialética saudável que honra a democracia e nos eleva a todos enquanto agentes políticos", concluiu, referindo-se às reuniões com as bancadas da oposição, que decorreram no Parlamento na quinta-feira.
[Notícia atualizada às 10h38]
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