Os trabalhadores da empresa Tratolixo iniciaram às 00:00 de hoje uma greve de 24 horas para reivindicar melhorias salariais. A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e mobiliza os trabalhadores das fábricas de Trajouce, no concelho de Cascais, e de Mafra, num universo de cerca de 300 pessoas.
"A greve ronda esta manhã os 80%. Temos cerca de meia centena de trabalhadores concentrados junto à empresa em São Domingos de Rana [concelho de Cascais] para reivindicar melhores condições de trabalho", disse à agência Lusa.
Os trabalhadores, segundo Cátia Nunes, estão há seis anos à espera que a administração concretize o Acordo de Empresa, melhorando as condições laborais.
"Tem sido por parte do conselho de administração uma forma de empurrar este problema com a barriga. Os trabalhadores exigem ser respeitados e valorizados, profissionalmente", apontou a sindicalista.
O aumento salarial imediato de 150 euros, o estabelecimento de um horário de trabalho de 35 horas semanais, a atribuição de um salário mínimo de 1.000 euros durante este ano e de um subsídio de refeição de 10,50 euros, assim como uma maior abrangência do suplemento de insalubridade, penosidade e risco são as principais reivindicações dos trabalhadores.
Contactada pela Lusa na sexta-feira, fonte da administração da Tratolixo referiu que "está em curso um processo negocial do Acordo de Empresa, pelo que deverá ser à mesa das negociações que deve ser continuado o diálogo com os sindicatos".
"Ainda assim, a Tratolixo recorda que, estando consciente da importância do reforço do poder de compra, procedeu a aumentos salariais para 2024 superiores ao fixado em diploma legal para o setor privado e para a administração pública, tendo garantido o aumento da remuneração base acima do salário mínimo fixado", indica a empresa.
A última vez que os trabalhadores da Tratolixo realizaram uma greve foi em dezembro de 2022, tendo na altura paralisado durante 48 horas.
A Tratolixo é uma empresa intermunicipal certificada, detida em 100% pela AMTRES -- Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, no distrito de Lisboa, para o tratamento de resíduos sólidos e responsável pelo serviço público de tratamento de resíduos urbanos produzidos pelos mais de 800.000 habitantes dos municípios deste sistema de gestão de resíduos urbanos.
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