Um cartão de crédito pode ser útil tanto no dia a dia, quando precisa de recorrer a transportes pagos por esta via ou encomendar comida. Também a longo prazo esta opção pode ajudar no momento, por exemplo, de uma viagem - na reserva da mesma ou dos hotéis, já que muitos solicitam este tipo de cartão.
Num artigo da DECOPROTeste os especialistas dão conta de que, ao contratar um cartão de crédito, o cliente deve sempre ver "qual a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG)", taxa esta que "corresponde a todos os custos inerentes à utilização do cartão" - ou seja, quanto mais baixa, melhor.
A organização da defesa do consumidor alerta ainda para um dos 'perigos' que é usar um cartão deste tipo: o sobre-endividamento.
"No financiamento ao consumo, os cartões de crédito são os principais responsáveis pelas situações de incumprimento. Antes de entrar em incumprimento, contacte a instituição de crédito que comercializa o cartão e verifique se é possível, por exemplo, alterar a percentagem de pagamento ou transformar o valor em dívida num crédito pessoal", avisam.
Mas como saber qual é o melhor cartão de crédito?
A organização disponibilizou um simulador por forma a que possa perceber qual o melhor cartão, dependendo dos gastos mensais e do 'plafond' que pretende ter disponível. Pode fazer a simulação aqui.
Mas para além da simulação, os especialistas da DECOPROTeste deixam ainda alguns conselhos, nomeadamente o de tentar que os custos associados ao cartão sejam os mais baixos possível. "Se tem a possibilidade de pagar o cartão de crédito na totalidade, saldando as compras que faça nos 20 a 50 dias seguintes para não pagar juros, opte por um cartão sem anuidade", afirmam. Neste caso, é também importante confirmar se a "isenção se mantém depois do primeiro ano de subscrição ou se depende de um montante mínimo de movimentos". No caso de preferir fasear os pagamentos, o cartão com os juros mais baixos é a melhor opção.
Mas atenção às fraudes
A organização deixa ainda o alerta para as fraudes, dado que o crescente uso destes cartões pode resultar em roubo dos dados. "Numa situação destas, peça de imediato o cancelamento do cartão e faça valer os seus direitos. A responsabilidade do utilizador nestes casos está limitada a 50 euros, exceto se tiver havido negligência grosseira", referem.
Para evitar situações destas, a DECOPROTeste avisa que não deve introduzir "os dados do cartão de crédito em links enviados por e-mail nem nunca os partilhe ou divulgue por telefone. Há sistemas de pagamento seguros, que são uma boa alternativa ao pagamento com cartão de crédito. É o caso do MBNet (que cria um cartão temporário com um limite de utilização definido pelo utilizador, e que permite fazer a compra sem os dados reais do cartão), do Verified by Visa e do PayPal".
"Para reduzir os riscos de fraude, as compras online com cartão de crédito estão mais seguras desde o início de 2021. Desde essa altura, é necessário recorrer a outros elementos de segurança, como um código enviado por SMS, para confirmar a operação", observam.
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