China assegura que vai estar sempre aberta às empresas estrangeiras

O primeiro-ministro chinês afirmou que a China estará sempre aberta às empresas estrangeiras e comprometeu-se a tomar medidas para aumentar a confiança na segunda maior economia do mundo, informou hoje a imprensa estatal.

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Lusa
27/05/2024 06:39 ‧ 27/05/2024 por Lusa

Economia

Li Qiang

Li Qiang fez estes comentários no domingo, durante um encontro com Lee Jae-yong, presidente da Samsung Electronics, na véspera da cimeira trilateral entre a Coreia do Sul, China e Japão.

O gigante mundial da produção de semicondutores e telemóveis, que é uma das maiores empresas estrangeiras na China, investiu milhares de milhões de dólares em instalações para produzir 'chips' e produtos eletrónicos.

"As empresas estrangeiras são essenciais para o desenvolvimento da China e o mega mercado chinês estará sempre aberto às empresas estrangeiras", afirmou Li, durante a reunião com o diretor da Samsung, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

"Pequim vai adotar medidas como a expansão do acesso ao mercado para melhorar o ambiente empresarial, de modo a que as empresas estrangeiras possam ter confiança no seu investimento e desenvolvimento na China", acrescentou.

"A China dá as boas-vindas às empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung, para que continuem a desenvolver o seu investimento e cooperação na China", vincou.

A Câmara de Comércio da União Europeia na China declarou recentemente que os seus membros enfrentam dificuldades no país, nomeadamente em termos de acesso ao mercado e de barreiras regulamentares.

Durante o seu encontro com o presidente da Samsung, Li Qiang também "apelou às empresas da China e da Coreia do Sul para explorarem ainda mais o seu potencial de cooperação em novos domínios, como a inteligência artificial", noticiou a imprensa local.

A Samsung é uma das poucas empresas capazes de produzir 'chips' semicondutores avançados, componentes essenciais na produção de alta tecnologia, incluindo inteligência artificial, mas que têm também aplicações militares.

Os 'chips' estão no centro do braço de ferro tecnológico entre os Estados Unidos e a China. Washington tomou uma série de medidas para impedir que a China tenha acesso às tecnologias de ponta em semicondutores, incluindo a oferta de incentivos no valor de milhares de milhões a empresas como a Samsung para deslocalizarem a produção para os EUA.

Leia Também: Coreia do Sul, China e Japão retomam reunião para relançar cooperação

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