Sindicato STEC rejeita nova proposta de aumento de 3,59% na CGD

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) rejeitou a nova proposta de aumento salarial de 3,59% de média ponderada feita pela CGD, considerando que o banco público persiste em fazer "irrisórias atualizações das suas contrapropostas".

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Lusa
28/05/2024 12:48 ‧ 28/05/2024 por Lusa

Economia

CGD

Em comunicado hoje divulgado, o sindicato mais representativo dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse que houve mais uma ronda negocial para os aumentos salariais de 2024 e que essa reunião demonstrou que a "administração persiste em perpetuar este processo negocial através de ínfimas e irrisórias atualizações das suas contrapropostas".

Na reunião, diz o STEC, a CGD propôs um aumento de 3,2% (0,075 pontos percentuais acima da anterior proposta de 3,125%) com um aumento mínimo de 60 euros (acima dos 55 euros anteriores), o que se traduz numa média ponderada de 3,59%.

O STEC rejeita esta proposta e diz esperar que na próxima reunião, em 07 de junho, a CGD apresente uma "proposta negocial digna e séria".

A última proposta do STEC é de aumentos salariais de 4,9% com um aumento mínimo de 100 euros, considerando-a "perfeitamente comportável e sustentável para a empresa".

"Na CGD vivem-se realidades antagónicas. Por um lado, a empresa apresenta lucros excecionais, ano após ano, superiores a todos os restantes bancos a operar em Portugal, como foi o caso do primeiro trimestre de 2024, em que se atingiram uns impressionantes 395 milhões de euros, e, por outro lado, os principais responsáveis pelos resultados da empresa -- os seus trabalhadores -- continuam a ser fortemente penalizados nos seus rendimentos", refere o STEC.

O sindicato acrescenta que "esta administração [da CGD] conta com remunerações principescas".

O STEC volta a referir a perda de poder de compra dos trabalhadores da CGD, dizendo que, de 2010 a 2023, "sofreram uma perda brutal de poder de compra nas suas remunerações líquidas entre os 11,4% e 22,1%" e cita dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) segundo os quais no primeiro trimestre deste ano houve uma queda real dos salários do setor bancário e financeiro em 0,2%.

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