Segundo os dados hoje divulgados, os gastos dos consumidores aumentaram, mas a um ritmo mais lento do que o estimado anteriormente.
No passado dia 25 de abril, o Departamento do Comércio dos EUA tinha estimado que o Produto Interno Bruto (PIB) do país - a produção total de bens e serviços - se teria expandido a uma taxa de 1,6% entre janeiro e março.
O agora revisto em baixa (para 1,3%) crescimento do PIB no primeiro trimestre marca uma forte desaceleração em relação à taxa de 3,4% registada no último trimestre de 2023.
Esta desaceleração entre janeiro e março resultou sobretudo de dois fatores - um aumento das importações e uma redução dos inventários das empresas - que tendem a flutuar de trimestre para trimestre.
Os dados hoje divulgados mostram que as importações subtraíram mais de um ponto percentual ao crescimento do trimestre, enquanto a redução das existências das empresas o penalizou em quase meio ponto percentual.
As despesas de consumo, que alimentam cerca de 70% do crescimento económico, aumentaram a uma taxa anualizada de 2%, contra os 2,5% avançados na primeira estimativa e as taxas superiores a 3% dos dois trimestres anteriores.
As despesas em bens como eletrodomésticos e mobiliário caíram a um ritmo anualizado de 1,9%, a maior queda trimestral desde 2021, mas os gastos com serviços aumentaram a um ritmo de 3,9%, o mais elevado desde meados de 2021.
A economia dos EUA - a maior do mundo - tem demonstrado uma resiliência surpreendente desde que a Reserva Federal começou a aumentar as taxas de juro há mais de dois anos, na tentativa de controlar a pior escalada da inflação em quatro décadas.
Embora se esperasse que os consequentemente muito mais elevados custos dos empréstimos desencadeassem uma recessão, o facto é que a economia norte-americana continuou a crescer e os empregadores continuaram a contratar.
Os Estados Unidos publicam o seu crescimento a uma taxa anualizada, uma medida que compara o PIB com o do trimestre anterior e, em seguida, projeta a variação dessa taxa para o ano inteiro.
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