Na apresentação dos resultados, o presidente do Grupo Montepio, Virgílio Boavista Lima, apontou o facto de todas as empresas do grupo terem registado resultados líquidos positivos em 2023 (o que acontece pelo terceiro ano consecutivo) e distribuído 20 milhões de euros em dividendos.
Naqueles 94,7 milhões de euros de lucros estão incluídos interesses minoritários. Sem esta inclusão, o resultado líquido consolidado do grupo -- que inclui a Associação Mutualista e o Banco Montepio entre ouros -- foi de 92,6 milhões de euros, subindo 5,8% face ao ano anterior.
A margem financeira do Grupo Montepio ascendeu a 460,8 milhões de euros, refletindo um aumento de 55,2%, com o principal contributo a ter origem nos juros do crédito à habitação.
No ano em análise os gastos de funcionamento avançaram 4,5% para 369,9 milhões de euros, com os custos com pessoal a registarem uma subida de 208,7 milhões em 2022 para 213,7 milhões de euros.
Os resultados consolidados revelam que o número de trabalhadores recuou 4,2% para 4.492 com o número de balcões bancários a baixar 12,8% para 232.
Durante a conferência de imprensa, o presidente do Grupo Montepio assinalou que na área seguradora houve uma redução de 24 para cinco balcões, mas que este decréscimo não se verificou ao nível do número de trabalhadores e dos mediadores.
As imparidades e outras provisões registaram um aumento de 14,3% para 58,3 milhões de euros, com a informarão hoje divulgada a apontar a variação da imparidade para crédito que recuou de 33,5 milhões para 17,1 milhões de euros de 2022 para 2023.
No âmbito mais específico da Caixa Económica Montepio Geral (uma das empresas que integra a esfera do Grupo Montepio), Virgílio Boavista Lima referiu que o processo de venda do Banco Empresas Montepio (BEM) deverá ficar concluído a "breve prazo".
[Notícia atualizada às 18h31]
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