Sindicato STEC acusa CGD de bloquear negociação salarial

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) acusou hoje o banco público de estar a bloquear a negociação salarial para este ano, enquanto a CGD diz que continua disponível para um acordo.

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Lusa
12/06/2024 17:43 ‧ 12/06/2024 por Lusa

Economia

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Em comunicado hoje divulgado, o STEC diz que na sétima reunião da negociação da tabela salarial de 2024 respondeu à CGD contrapondo um aumento este ano de 4,1% com mínimo de 79 euros (média ponderada de 4,67%) e a atualização das diuturnidades. A última proposta da CGD tinha sido de um aumento de 3,2% - 3,59% de média ponderada - com mínimo de 60 euros.

Segundo o STEC, o banco público "recusou perentoriamente" a contraproposta com o argumento "de ser irrealista e insustentável" e que também tem de "convergir com o setor bancário".

Para o sindicato mais representativo dos trabalhadores da CGD, com esta atitude a "administração da CGD bloqueia a negociação salarial de 2024".

O STEC questiona mesmo se "estará a administração da CGD interessada num acordo com o STEC", afirmando que da sua parte tem negociado "com seriedade e procurando sempre o consenso" e que foi por isso que alterou a sua proposta inicial (7% com mínimo de 125 euros), enquanto - acrescentou - a CGD "apenas mudou a sua proposta de uns irrisórios 3% para 3,2%".

Contactada pela Lusa, a CGD disse que continua disponível para um acordo, referindo que é assim desde o início do processo negocial, "desde logo avançando com uma proposta de aumentos salariais elevada quando comparada com os valores entretanto acordados entre os sindicatos e bancos seus concorrentes".

"A Caixa continua disponível e otimista para encerrar o processo negocial para 2024 e 2025 com os diversos sindicatos, tendo em conta que é a instituição que melhores condições oferece no mercado, bastante acima do setor concorrencial onde se insere", afirmou à Lusa fonte oficial.

Em maio, em conferência de imprensa, o presidente executivo da CGD disse que quer chegar a acordo com os sindicatos para aumentos salariais este ano mas não "a qualquer preço".

"A Caixa apenas irá além disso em sede negocial se as partes se aproximarem. A Caixa chega sempre a acordo, mas não chega a qualquer preço", afirmou Paulo Macedo na apresentação de resultados da CGD no primeiro trimestre (394,5 milhões de euros), na sede do banco, em Lisboa.

A CGD tem contestado a leitura do STEC sobre o aumento salarial, referindo que a proposta que colocou em discussão implica um aumento em massa salarial muito superior ao da tabela salarial, pois há que considerar promoções, prémios e incentivos.

Na banca, decorrem outras rondas negociais a propósito dos aumentos salariais deste ano.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) acordou, em maio, com o grupo negociador da banca (não inclui a CGD, que tem contratação coletiva própria) aumentos de 3%. Os sindicatos bancários afetos à UGT consideraram o acordo feito pelo SNQTB uma traição aos bancários.

Leia Também: "Grande desencontro". Reunião entre sindicato e CGD termina sem acordo

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