Esta evolução da inflação (aumento dos preços comparando com o mesmo período do ano anterior) deveu-se sobretudo a uma descida dos combustíveis, que em junho de 2023 tinham aumentado, disse o INE.
Também os preços dos alimentos, que este mês aumentaram menos do que em junho do ano passado, influenciaram a moderação de duas décimas da inflação.
Quanto à inflação subjacente (que exclui a energia e os alimentos não transformados) manteve-se nos 3% em junho, estima o instituto.
Se se confirmar esta previsão, a inflação em Espanha moderou-se em junho após três meses consecutivos de aumentos.
O Governo espanhol decidiu esta semana manter sem IVA até ao final de setembro vários alimentos considerados básicos e incluir o azeite nesta medida a partir de 01 de julho.
Entre 01 de outubro e 31 de dezembro, estes alimentos (que incluem leite, pão, ovos, hortaliças, frutas e azeite) passam a ter 2% de IVA (o imposto sobre o consumo), com o Governo espanhol a estimar que voltarão a ter a taxa habitual de 4% a partir de 01 de janeiro de 2025, atendendo às previsões de moderação da inflação.
Alimentos considerados de primeira necessidade estão com IVA zero em Espanha desde janeiro de 2023 como resposta à escalada dos preços.
Várias outras medidas de resposta à inflação adotadas nos últimos dois anos continuarão também em vigor por mais alguns meses, decidiu o Governo espanhol.
Uma delas é a manutenção, até 30 de setembro, de um IVA reduzido de 5% noutros alimentos, como massas e óleos de origem vegetal. Em 01 de outubro, o IVA destes produtos passará para 7,5% antes de voltar aos 10% normais, previsivelmente em 01 de janeiro de 2025.
Foram também prolongadas até ao final do ano as proibições de cortar a luz, o gás ou a água a consumidores considerados vulneráveis, assim como algumas tarifas e apoios sociais na energia, neste caso, até 30 de junho de 2025.
A legislação aprovada em janeiro já prolongou até ao final deste ano outros descontos e reduções nas contas e no IVA da eletricidade (que esteve em Espanha nos 5% em 2022 e 2023, e que passou para os 10% este ano).
Mantêm-se também em vigor até dezembro descontos nos passes para transportes públicos e nas portagens.
Espanha adotou pacotes para responder à subida dos preços depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados da União Europeia (UE) e de em julho daquele ano ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).
O país fechou 2022 com a inflação mais baixa da UE (5,7%) e no ano passado a taxa continuou a baixar, apesar de algumas oscilações, chegando a dezembro nos 3,1%. Em maio, no mês passado, fixou-se nos 3,6%.
O Governo espanhol garantiu que está a ter em consideração o pedido da Comissão Europeia para serem levantados os apoios extraordinários adotados a nível nacional para responder à escalada da inflação e daí os termos em que foi aprovado esta semana o prolongamento de algumas medidas.
Leia Também: Bulgária falha adesão à zona euro devido a inflação demasiado elevada