Para a Boeing, a transação será feita inteiramente em ações, a um preço de 37,25 dólares (34,66 euros) por ação, avaliando a Spirit AeroSystems em 4.700 milhões de dólares (4.373 milhões de euros), referem os dois gigantes da indústria aerospacial e da aviação.
No caso de incluir a dívida da Spirit, a transação está avaliada em 8.300 milhões de dólares, explicou igualmente a Boeing num comunicado.
A Boeing é o maior cliente da Spirit, com 60% das suas receitas provenientes do construtor de aviões em 2022, incluindo fuselagens.
Mas a Spirit é também um fornecedor estratégico da Airbus, para a qual produz, nomeadamente, componentes para as asas.
Num comunicado separado hoje divulgado, o construtor aeronáutico europeu afirmou ter "celebrado um acordo vinculativo com a Spirit AeroSystems relativamente à potencial aquisição de grandes empresas relacionadas com a Airbus".
"Acreditamos que este acordo é do interesse dos passageiros, dos nossos clientes, dos funcionários da Spirit e da Boeing, dos nossos acionistas e do país", defendeu o presidente e presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, no comunicado da empresa.
A Boeing e a Spirit AeroSystems confirmaram no início de março que estavam em discussões preliminares para realizarem esta aquisição.
A Spirit AeroSystems, criada em 2005 pela Boeing, é na realidade o resultado do agrupamento de várias das suas atividades numa empresa independente.
Esta empresa e a Boeing têm estado sob escrutínio desde que uma porta da fuselagem do nariz de um Boeing 737 MAX 9 operado pela Alaska Airlines se soltou em pleno voo, em 05 de janeiro deste ano.
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