Dados hoje divulgados pelo Eurostat, revelam que a taxa de poupança das famílias na zona euro se situou em 15,3% nos três primeiros meses desde ano, o que compara com uma percentagem de 13,6% no período homólogo de 2023 e com 14,1% no quarto trimestre de 2023.
O gabinete estatístico destaca que isto "representa a taxa de poupança mais elevada desde o segundo trimestre de 2021", aquando da crise da covid-19, quando se registou uma percentagem de 19%, que tem vindo a descer desde então.
Segundo o Eurostat, esta subida é explicada pelo facto de o rendimento disponível bruto ter aumentado (+2,1%) a um ritmo mais rápido do que o consumo (+0,8%).
Ao mesmo tempo, a taxa de investimento das famílias na área da moeda única diminuiu ligeiramente de 9,6% para 9,5% no primeiro trimestre de 2024, o que é também o "valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2021", quando se registou uma percentagem idêntica.
Esta ligeira descida deveu-se ao facto de a formação bruta de capital fixo ter aumentado (1,1%) a uma taxa inferior à do rendimento disponível bruto (+2,1%).
De acordo com os mesmos dados, neste período, o peso dos lucros das empresas (sociedades não financeiras) diminuiu de 40,3% para 39,5% na área do euro, sendo neste caso "o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2020".
No que toca à taxa de investimento das empresas na zona euro, aumentou ligeiramente de 22,0% para 22,3% no primeiro trimestre de 2024, segundo o Eurostat, que justifica os anteriores picos verificados noutros anos com "grandes importações de produtos de propriedade intelectual que refletem os efeitos da globalização".
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