A Bolsa de Londres subia 0,36%, para 8.270,61 pontos, pouco antes das 07:30 em Lisboa, uma tendência semelhante à dos outros mercados europeus.
A libra esterlina estava a ganhar 0,05% em relação ao dólar e a perder 0,04% em relação ao euro.
"Os trabalhistas vão formar o próximo Governo no Reino Unido, mas, em comparação com 2019, isso é acompanhado por pouco ruído nos mercados financeiros", comentou Chris Beauchamp, analista da IG, para quem "a falta de movimento na libra esterlina" também testemunha "até que ponto [esta vitória] já era antecipada".
Na sua opinião, a mudança era ansiosamente aguardada desde o Governo de curta duração da conservadora Liz Truss, que incendiou os mercados no final de 2022 com um orçamento marcado por cortes nos impostos e despesas maciças e não financiadas.
"O clima de descontração que prevalece nos mercados financeiros reflete o facto de a vitória esmagadora dos trabalhistas ter sido prevista há muito tempo pelas sondagens e, por conseguinte, já ter sido avaliada pelo mercado", concorda Victoria Scholar, da Interactive Investor.
Além disso, o novo primeiro-ministro Keir Starmer "tentou seduzir os mercados durante a campanha eleitoral, posicionando o Partido Trabalhista como um partido pró-empresas e abstendo-se de anunciar planos para grandes aumentos de impostos", acrescentou.
De facto, a City of London Corporation, que representa os interesses do poderoso setor financeiro do Reino Unido, afirmou hoje que estava "pronta a ajudar o Governo" a "estimular o crescimento, criar mais empregos altamente qualificados e financiar os serviços públicos, ou enfrentar a crise climática".
"As empresas acolheram com agrado um resultado (eleitoral) tão claro e o fim da instabilidade política e económica dos últimos anos, o que é essencial para poderem fazer os investimentos de que necessitam", comentou o 'lobby' da indústria transformadora Make UK.
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