"Há aqui um conjunto de fatores que se conjugam e que vão garantir a perspetiva que temos de este ano ser um ano turístico melhor ainda que o ano de 2023", disse Pedro Machado à agência Lusa, à margem de uma visita à Marina de Portimão.
Mesmo assim, o governante deu conta da "preocupação" manifestada pelos empresários do setor turístico algarvio quanto a "algum abaixamento da procura, sobretudo do mercado interno, do mercado nacional".
Apesar desta "relativa baixa de procura" que se está a sentir neste momento, o governante acredita que "os mercados internacionais estão a reagir muito positivamente" e referiu dados sobre a evolução do turismo em junho obtidos na segunda-feira, que indicam o forte crescimento no setor.
Segundo Pedro Machado, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos da América são, neste momento, os países mais importantes para o turismo português, tendo ultrapassado a Espanha e a França e outros países mais próximos.
"Significa que há hoje uma apetência maior para estes mercados de longa distância", concluiu o secretário de Estado do Turismo, acrescentando que Portugal está a "reforçar" as ligações aéreas com países como o México, a Coreia do Sul e o Egito.
Por outro lado, o responsável governamental congratulou-se por os consumos de água terem "vindo a baixar 12 a 13%, o que considera ser "a meta que tinha sido estabelecida" pelo Governo
Referindo-se a dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pedro Machado defendeu que o consumo de água tem estado a ser "ajustado", tanto na agricultura como no setor urbano, que considera ser prioritário, e onde está incluído o setor turístico.
O Governo de António Costa tinha decretado em 05 de fevereiro a situação de alerta na região do Algarve devido à seca, mas, no final de maio, o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou o alívio das restrições impostas à agricultura e ao setor urbano.
O secretário de Estado do Turismo assistiu esta manhã à apresentação do projeto de expansão e segurança da marina de Portimão, que prevê a criação de 30 novos postos de amarração, parte dos quais para barcos até 50 metros de comprimento.
O investimento estimado entre os 12 e os 14 milhões de euros prevê também a colocação de sistemas de energias renováveis e a instalação de dois quebra-mar, para suster a ondulação de Sul e aumentar a segurança dos barcos atracados na marina.
De acordo com o presidente do conselho de administração da Marina de Portimão, João Machado da Silva, o aumento do espelho de água para acolher os postos de amarração vai verificar-se dentro da área já concessionada daquele porto de recreio.
Contudo, referiu, "será necessário apoio financeiro para avançar com o projeto".
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