Procura de crédito para casa na zona euro sobe no 2.º trimestre

A procura de crédito à habitação aumentou na zona do euro no segundo trimestre pela primeira vez desde 2022, enquanto os bancos flexibilizaram as condições de acesso a esse tipo de financiamento, afirmou hoje o Banco Central Europeu (BCE).

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Lusa
16/07/2024 13:08 ‧ 16/07/2024 por Lusa

Economia

Habitação

De acordo com o inquérito sobre empréstimos bancários publicado hoje pelo BCE, os bancos da zona euro relataram um ligeiro aperto das condições de acesso a empréstimos para empresas, consumidores e outras empréstimos às famílias, mas houve uma flexibilização nos empréstimos para compra de casa.

 

Especificamente, 3% dos bancos da zona euro aumentaram as condições de acesso ao crédito às empresas, a mesma percentagem que no trimestre anterior, enquanto 6% tornaram mais rigorosos os requisitos para o crédito ao consumo e outros empréstimos às famílias, contra 9% no trimestre anterior.

Este aumento da restritividade foi inferior ao dos trimestres anteriores, porque as perceções de risco foram menos relevantes do que durante o ciclo de subida das taxas, mas vem juntar-se ao aumento substancial dos requisitos acumulado desde 2022.

Para o terceiro trimestre de 2024, os bancos esperam um aumento moderado da restritividade para os empréstimos às empresas e nenhuma alteração para os empréstimos às famílias.

Paralelamente, os bancos comunicaram um aumento da procura de crédito hipotecário e ao consumo e de outros empréstimos às famílias pela primeira vez desde 2022, devido a uma melhoria das perspetivas do mercado da habitação, ao aumento da confiança dos consumidores e das despesas em bens duradouros.

Em contrapartida, a procura de empréstimos ou crédito por parte das empresas voltou a diminuir devido a taxas de juro mais elevadas e a um menor investimento fixo.

Em relação ao próximo trimestre, os bancos esperam que a procura aumente em todos os segmentos de empréstimos.

De acordo com os bancos inquiridos, o acesso ao financiamento melhorou para os títulos de dívida e, em menor grau, para os mercados monetários, enquanto o financiamento a retalho permaneceu inalterado, com exceção do curto prazo, que continuou a deteriorar-se.

Além disso, a redução do balanço do BCE teve apenas um pequeno impacto no aumento da restritividade das condições de crédito bancário e espera-se um efeito semelhante no segundo semestre do ano.

Leia Também: Preço mediano da habitação sobe 5% no 1.º trimestre para 1.644 euros/m2

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