O estudo do Observatório do Emprego Jovem voltou a encontrar, nos números de 2023, um peso elevado de jovens pouco qualificados – os quais possuem, no máximo, o 3º ciclo do Ensino Básico (9º ano).
São 36,1% do total de jovens desempregados inscritos no IEFP, os quais, devido à sua falta de competências, enfrentam claras dificuldades em competir com uma força de trabalho cada vez mais escolarizada.
“Devem ser desenhadas políticas ativas de emprego adequadas a este grupo de jovens que, na sua maioria, tem entre 25 e 29 anos: a formação profissional não é suficientemente atrativa entre eles, que procuram uma atividade remunerada”, afirma Maria do Carmo Botelho, docente e investigadora do Iscte e co-autora do estudo.
“A criação de oportunidades de formação em contexto de trabalho seria uma estratégia viável, apoiando financeiramente empresas que participassem ativamente no processo de formação destes jovens”, afirma ainda.
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