Lucro dos cinco maiores bancos moçambicanos cresceu 9,5% até junho

O lucro dos cinco maiores bancos moçambicanos cresceu 9,5% no primeiro semestre, para mais de 12.433 milhões de meticais (quase 179 milhões de euros), com o Standard Bank a liderar, segundo dados compilados hoje pela Lusa.

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Lusa
13/08/2024 07:42 ‧ 13/08/2024 por Lusa

Economia

Moçambique

De acordo com os relatórios financeiros intercalares do primeiro semestre dos cinco maiores bancos de Moçambique, este desempenho contrasta com os resultados líquidos de 11.360 milhões de meticais (162,8 milhões de euros) no primeiro semestre de 2023.

 

Os lucros nos primeiros seis meses de 2024 foram liderados pelo Standard Bank, um dos três bancos considerados sistémicos pelo banco central, que aumentaram 3% face ao mesmo período de 2023, para 3.936 milhões de meticais (57 milhões de euros).

O Standard Bank Moçambique é um banco privado constituído em 1967, com sede em Maputo, - mas cuja atividade no país já data de 1894 -- e que tem como empresa-mãe e acionista maioritário o Stanbic Africa Holdings Limited, um banco de investimento constituído no Reino Unido que detém uma participação equivalente a 98,15% do capital social. O Stanbic Africa é uma entidade integralmente detida pelo Standard Bank Group, um banco de investimento constituído na África do Sul.

Seguiram-se os lucros do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), detido maioritariamente pela Caixa Geral de Depósitos, que aumentaram 2,8% face a 2023, para 3.549 milhões de meticais (51,4 milhões de euros).

O BCI fechou 2023 com um capital social de 10 mil milhões de meticais (146 milhões de euros), numa estrutura acionista liderada (51%) pela Caixa Participações, do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), contando com o banco português BPI (35,67%) e ainda diretamente pela CGD (10,51%), entre outros.

Os lucros do Millennium BIM, o segundo maior do país, liderado pelo português BCP e um dos três bancos sistémicos de Moçambique, recuaram mais de 4% no primeiro semestre, para 3.225 milhões de meticais (46,6 milhões de euros).

À data de 30 de junho de 2024, o banco contava com um capital social de 4.500 milhões de meticais (65,7 milhões de euros), a maioria detido pelo BCP África (grupo Millennium BCP), com 66,69%, seguido do Estado de Moçambique (17,12%), do Instituto Nacional de Segurança Social moçambicano (4,95%) e da Empresa Moçambicana de Seguros (4,15%), entre outros.

Seguem-se os dois bancos considerados quase sistémicos, nomeadamente o sul-africano Absa Bank Moçambique, cujos lucros mais do que duplicaram no primeiro semestre, para 1.712 milhões de meticais (24,5 milhões de euros), desempenho acima do registado em todo o ano passado.

O capital social do Absa Bank Moçambique é detido em 98,68% pelo grupo sul-africano Absa, sendo os restantes 1,32% controlados por acionistas minoritários, como colaboradores e outros.

Já o Moza Banco, outro dos quase sistémicos, intervencionado em 2016, registou lucros de mais de 11,2 milhões de meticais (161 mil euros) até junho, recuperando dos prejuízos de 55,6 milhões de meticais (795 mil euros) no mesmo período de 2023.

O Moza Banco passou em 2016 a ser liderado pela sociedade gestora do fundo de pensões dos trabalhadores do Banco de Moçambique, quando tinha o português Novo Banco, sucessor do Banco Espírito Santo, como um dos principais acionistas.

De acordo com dados do banco central, funcionam em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.

Leia Também: Agência Fitch volta a manter 'rating' de Moçambique em CCC+

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