De acordo com as atas da reunião de 17 e 18 de julho, publicadas hoje, o encontro de setembro será "um bom momento para reavaliar o nível de restrição da política monetária", existindo assim a possibilidade de um corte de juros.
Ainda assim, os responsáveis do BCE continuam a destacar a necessidade de garantir que a inflação atingirá a meta de 2% e que manterão os juros "suficientemente restritivos durante o tempo que for necessário para chegar a esse objetivo".
Os responsáveis estimam que a inflação vai flutuar em torno dos níveis atuais durante o resto de 2024, para depois retomar a trajetória descendente e atingir a meta do BCE de 2% no segundo semestre de 2025.
Na reunião de julho, o BCE decidiu manter as taxas diretoras, depois de um corte em junho de 25 pontos base, o que diz ter sido uma "abordagem cautelosa" devido às "incertezas que se mantinham sobre a evolução dos salários, dos lucros, da produtividade e da inflação dos serviços".
Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu, destacou também que desde a reunião de junho se tinha verificado volatilidade nos mercados, em resposta a notícias políticas, sendo que as eleições antecipadas em França também tinham influenciado o sentimento nas bolsas. No entanto, o impacto nos mercados foi contido e curto, demonstrando a sua "resiliência".
Assim, em setembro, o Conselho do BCE vai analisar os indicadores macroeconómicos disponíveis, bem como projeções para a zona euro, para tomar uma decisão relativamente ao curso da política monetária.
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