STEC pediu abertura da fase de mediação da negociação salarial com CGD

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) requereu ao Ministério do Trabalho a passagem do processo de negociação salarial à fase de mediação, para possibilitar que as partes cheguem a acordo, foi hoje anunciado.

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Lusa
27/08/2024 10:05 ‧ 27/08/2024 por Lusa

Economia

CGD

"O STEC mais uma vez, numa demonstração de disponibilidade e razoabilidade negocial, requereu ao Ministério do Trabalho, a passagem do processo à fase de mediação, possibilitando assim que as partes possam ainda alcançar um acordo", informou o sindicato, em comunicado.

 

Em 01 de julho, o sindicato tinha anunciado que ia levar para o Ministério do Trabalho a negociação salarial com o banco público, face à ausência de acordo, afirmando a Caixa Geral de Depósitos (CGD) que apresentou propostas "acima do setor bancário".

No comunicado divulgado hoje, o sindicato diz que "findado naquele Ministério o processo de conciliação, e não obstante a flexibilidade demonstrada pelo STEC nessa fase, bem como os lucros astronómicos de 1.291 milhões de euros em 2023 e 889 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, a CGD mantém, após duas reuniões, uma posição que se traduz numa substancial perda do poder de compra dos trabalhadores, não tendo por isso sido possível chegar a um acordo".

O STEC acusou a administração da CGD de ter adotado, desde o início, uma forma de negociar prepotente e intransigente e garantiu que só vai assinar atualizações salariais que sejam justas e dignas para os trabalhadores.

Em julho, contactada pela agência Lusa, fonte oficial da CGD disse registar "que o STEC tenha decidido recorrer a uma forma de negociação alternativa, quando prosseguiam as reuniões com vista à revisão salarial dos colaboradores da Caixa".

No comunicado então divulgado, o STEC dizia ter tomado aquela decisão após oito reuniões negociais e depois de a CGD ter afirmado que a última proposta de acordo salarial para 2024 apresentada pelo sindicato - 4,1% de aumento, com um mínimo de 79 euros e a atualização das diuturnidades congeladas há cinco anos -- "representava um custo insustentável" e "punha em causa a sustentabilidade financeira" do banco.

Por sua vez, a Caixa recordou ter avançado, em fevereiro, com o processamento de um aumento de 3%, num mínimo de 52,63 euros, salientando que esse aumento foi "superior ao que, mais tarde, foi acordado pelo setor com outros sindicatos".

"No âmbito da negociação com o STEC, a Caixa já apresentou propostas de atualização superiores, mantendo-se acima do setor bancário em Portugal", enfatizou.

Contudo, para o sindicato, após os "lucros históricos e inimagináveis" que alcançou, a administração do banco público "esquece-se e desvaloriza o sacrifício dos trabalhadores que os conseguiram, apenas pretendendo obter lucros ainda mais altos, elevando os objetivos a atingir e deleitando-se com autoelogios".

"Quando se trata de negociar condições de trabalho, salários ou medidas de âmbito social, a administração que rege a CGD determina à partida as suas condições, 'faz de conta' que negoceia e, sobranceiramente, ignorando tudo e todos... dali não sai", acusou.

Leia Também: CGD conclui na próxima semana reembolso da injeção pública

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