O número de jovens 'nem-nem', que não trabalham nem estudam, diminuiu para metade em 10 anos em Portugal. A conclusão é da Randstad, que analisou dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, relativos ao mês de julho de 2024.
"Segundo os dados do INE, o número de jovens, entre 16 e 34 anos, que não estão empregados nem matriculados em estabelecimentos de educação ou formação, classificados como NEET ('Not in Education, Employment, or Training'), caiu drasticamente nos últimos dez anos em Portugal", lê-se num comunicado, enviado às redações.
Este ano, regista-se um total de 188.400 jovens 'nem-nem', uma "diminuição significativa de 46% ao longo de 10 anos". Já em relação ao último ano, "observou-se uma queda adicional de 1,1%, traduzindo-se em 2.000 jovens".
Ainda de acordo com a nota, Portugal apresenta uma taxa de jovens 'nem-nem' abaixo da média europeia, que é de 11%, situando-se em 9%.
"Destes, 53% estão desempregados e 47% são inativos, ou seja, não estão à procura de trabalho. A maioria desses jovens tem mais de 25 anos (58%) e 53% são mulheres", lê-se.
O estudo concluiu ainda que 84% dos jovens 'nem-nem' não completaram estudos de nível superior e 39% têm apenas o ensino básico.
A maioria dos jovens que não trabalham nem estudam concentra-se no Norte (37%) e na região de Lisboa (18%).
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