Em março deste ano, a S&P subiu o 'rating' de Portugal de 'BBB+' para 'A-', com perspetiva positiva, levando o país, treze anos depois, a estar entre os níveis 'A' de todas as principais agências.
Para Paulo Monteiro Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, "o mais provável é que haja uma reafirmação da classificação de crédito em 'A-', reiterando igualmente a perspetiva positiva do rating".
"As tendências de descida do rácio da dívida pública face ao PIB nominal e de consolidação orçamental dever-se-ão manter nos próximos meses, mas, no entanto, o ritmo deverá abrandar relativamente ao verificado nos últimos dois anos, os quais foram caracterizados por uma elevada inflação que suportou consideravelmente a melhoria das contas públicas portuguesas", indica o economista.
Vítor Madeira, analista da Xtb, também considera que "o contexto será para que a capacidade de pagar com as suas obrigações por parte do Estado sejam semelhantes com as da última avaliação, sendo provável que o 'rating' seja mantido".
Ainda assim, o analista abre a porta a uma mexida no 'outlook' (perspetiva), atualmente positivo, salientando que "podem sempre existir mudanças", nomeadamente já que "o contexto macroeconómico europeu não é muito animador e é claro que este pode impactar a direção que Portugal atravessa".
"Além disso, a recuperação económica portuguesa tem vindo gradualmente acalmar, o que também pode indicar algum período de estagnação", acrescenta.
O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.
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