Juro médio das novas operações de crédito à habitação recua para 3,70%

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação diminuiu 0,05 pontos percentuais em julho, para 3,70%, tendo a taxa dos novos depósitos a prazo recuado pelo sétimo mês consecutivo, para 2,63%, informou hoje o BdP.

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Lusa
03/09/2024 12:34 ‧ 03/09/2024 por Lusa

Economia

Julho

 

 

Segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP), a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação (incluindo contratos totalmente novos e contratos renegociados) passou de 3,75% em junho (valores revistos) para 3,70% em julho.

A taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,03 pontos percentuais, fixando-se em 3,56%, enquanto nos contratos renegociados a taxa de juro média decresceu 0,09 pontos percentuais, para 4,05%.

No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação diminuiu 0,03 pontos percentuais (uma diminuição inferior à verificada em Portugal), para 3,70%, apresentando Portugal a sétima taxa de juro média mais baixa, igualando a média da área do euro.

Já nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações passou de 9,52% em junho para 9,57% em julho, um aumento de 0,05 pontos percentuais, enquanto nos empréstimos para outros fins desceu 0,05 pontos percentuais para 4,92%.

Os dados hoje divulgados pelo BdP apontam ainda que as novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.609 milhões de euros em julho, mais 114 milhões do que em junho.

Os novos contratos de empréstimos a particulares foram os responsáveis pelo aumento nas novas operações, ao crescerem 114 milhões de euros, para 2.051 milhões, tendo este aumento sido transversal às três finalidades (habitação, consumo e outros).

Quanto ao montante de renegociações de crédito, manteve-se em julho, fixando-se em 558 milhões de euros, com as renegociações de crédito à habitação a totalizarem 523 milhões de euros (mais um milhão do que em junho).

No que se refere aos novos depósitos de particulares, a taxa de juro média diminuiu pelo sétimo mês consecutivo, passando de 2,66% em junho para 2,63% em julho.

O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares aumentou 2.498 milhões de euros, totalizando 12.559 milhões em julho, o valor mais elevado da série histórica.

Segundo o BdP, "à semelhança dos meses anteriores, o montante de novas operações está associado, em grande medida, à reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em julho sem renovação automática".

Nos novos depósitos com prazo até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,03 pontos percentuais, para 2,65%, continuando esta a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada, representando 97% dos novos depósitos em julho.

Já nos novos depósitos de um a dois anos, a taxa de juro média diminuiu de 2,22% para 1,99%, enquanto a remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos aumentou 0,38 pontos percentuais, de 1,59% para 1,97%.

No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média dos novos depósitos recuou 0,03 pontos percentuais, uma variação semelhante à verificada em Portugal, fixando-se em 3%.

Segundo o BdP, "Portugal desceu um lugar entre os países da área do euro, sendo agora o país com a quinta taxa mais baixa".

Relativamente aos empréstimos concedidos às empresas, a taxa de juro média das novas operações decresceu 0,11 pontos percentuais (de 5,37%, em junho para 5,26% em julho), tendo o seu montante ascendido a 2.427 milhões de euros, mais 31 milhões de euros face ao mês anterior.

Quanto à remuneração média dos novos depósitos a prazo de empresas, recuou 0,17 pontos percentuais entre junho e julho, de 3,27% para 3,10%.

As novas operações de depósitos de empresas totalizaram 7.571 milhões de euros em julho, mais 92 milhões do que no mês anterior, tendo os depósitos a prazo até um ano representado 99% dos novos depósitos a prazo de empresas.

Leia Também: Euribor voltam a bater mínimos a três meses mas sobem a seis e a 12 meses

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