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Empresários angolanos participam em feira Indonésia para ativar cooperação

Angola e a Indonésia, com trocas comerciais de mais de mil milhões de dólares (899,5 milhões de euros) em 2022, pretendem fomentar a cooperação económica, sobretudo na produção de óleo de palma, produto líder de exportação para Angola.

Empresários angolanos participam em feira Indonésia para ativar cooperação
Notícias ao Minuto

15:09 - 17/09/24 por Lusa

Economia Angola

Em declarações à agência Lusa, o cônsul honorário da Indonésia em Angola, Vicente Inácio, disse que a primeira missão empresarial angolana àquele país asiático vai participar na 39.ª edição da ExpoTrade Indonésia, uma feira comercial internacional, que se realiza de 09 a 13 de outubro.

 

Mais de 20 empresários angolanos vão participar deste evento para a busca de parcerias e investidores indonésios para Angola, tendo como foco essencialmente as áreas do agronegócio e industrial, adiantou Vicente Inácio.

"A Indonésia é atualmente o exportador número de um de óleo de palma para Angola e nas conversas que temos vindo a manter com a embaixada da Indonésia em Angola, apesar de ela estar sedeada em Windhoek (Namíbia), há essa vontade por parte do Governo da Indonésia de ajudar Angola a retomar a produção de palmar e consequentemente passar para a fase da industrialização", disse.

O programa da ExpoTrade Indonésia prevê a realização de um seminário ligado à produção industrial do óleo de palma, destacou o cônsul honorário da Indonésia em Angola, frisando a intenção de se identificar outros setores da indústria de média de dimensão.

Angola, que estabeleceu relações diplomáticas com a Indonésia em 2001, está também interessada em encontrar parceiros na área da produção de arroz, à semelhança do que já faz com a vizinha República da Namíbia.

"Nós da Indonésia poderemos buscar muitas lições boas para o desenvolvimento do nosso país, tendo em conta que do ponto de vista climático assemelha-se ao nosso clima, eles hoje são o quarto exportador mundial de café, nós já fomos o terceiro e se quisermos um dia retomar podemos aprender com a Indonésia", frisou.

Atualmente já existe um acordo entre as Universidades Católicas da Indonésia e de Angola, que pretendem relançar para que licenciados angolanos se desloquem em formação naquela instituição do país asiático.

De acordo com Vicente Inácio, o ano passado Angola nomeou o seu embaixador extraordinário e plenipotenciário para a Indonésia, Florêncio de Almeida, por isso o país está no processo de relançamento da cooperação por acreditar que podem "aprender muito com a Indonésia".

"A Indonésia tem vindo a prestar assistência e cooperação à Namíbia, onde hoje a Namíbia está a produzir arroz, coisa que não fazia anos atrás, tudo isso suportado com o apoio da Indonésia", disse o responsável, sublinhando o potencial têxtil do país do sudeste da Ásia, setor que Angola pode encontrar oportunidade para cooperar, igualmente nas novas tecnologias e turismo.

Apesar da Indonésia produzir petróleo desde a década de 1970, Angola exporta para esse país petróleo bruto e gás liquefeito, tendo alcançado em 2022 o montante de mil milhões de dólares, dos quais 80% foram estes dois produtos.

Em contrapartida, a Indonésia exportou para Angola, em 2022, cerca de 400 milhões de dólares, dos quais metade foram em óleo de palma e o restante óleo de soja e sabão.

Presentemente não há empresas indonésias em Angola, mas participaram na Feira Internacional de Luanda (Filda) de 2023 e do presente ano, para prospeção de mercado, alguns empresários, já com investimentos na Nigéria e Tanzânia, que manifestaram interesse na produção local de medicamentos e transformação de pescado.

Com uma comunidade de perto de 120 pessoas, os indonésios em Angola estão distribuídos pelas províncias de Luanda, Namibe e Bengo.  

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