Número de migrantes em Macau subiu quase 31.400 desde fim de 'zero covid'

Macau empregava no final de agosto mais de 183 mil trabalhadores migrantes, foi hoje anunciado, um aumento de quase 31.400 desde o fim da política 'zero covid', em janeiro de 2023.

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Lusa
30/09/2024 12:32 ‧ 30/09/2024 por Lusa

Economia

Macau

Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, divulgadas hoje pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais, a região administrativa especial chinesa tinha 183.230 trabalhadores sem estatuto de residente.

 

Este número representa um aumento de 31.352 desde janeiro de 2023, mês que a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo da China continental, caiu para menos de 152 mil, o número mais baixo desde abril de 2014.

Desde o pico máximo de 196.538, atingido no final de 2019, no início da pandemia, e até janeiro de 2023, a cidade perdeu quase 45 mil trabalhadores não residentes, que correspondiam a 11,3% da população ativa.

Macau, que à semelhança da China seguia a política 'zero covid', reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não residentes, a partir de 08 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.

O número de não residentes tem vindo a aumentar há 19 meses seguidos.

O setor da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde janeiro de 2023, ganhando 15.104 trabalhadores não residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 3.611) e da construção civil (mais 3.436).

A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde dezembro de 2019.

Com o fim da política de 'zero covid', a cidade acolheu nos primeiros oito meses de 2024 quase 23,4 milhões de turistas, mais 32,7% do que em igual período do ano passado, e a taxa de ocupação hoteleira foi de 85,5%, uma subida de 4,6 pontos percentuais em termos anuais.

Em agosto, Macau recebeu 3,65 milhões de visitantes, um novo recorde mensal.

A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4% no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.

Mas, e apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego está há três meses seguintes em 1,7%, igualando o mínimo histórico atingido antes do início da pandemia.

A economia de Macau cresceu 15,7% na primeira metade de 2024, em comparação com igual período do ano passado, graças à retoma do jogo, de acordo com dados oficiais.

O produto interno bruto (PIB) representou 86,2% do valor registado na primeira metade de 2019, antes do início da pandemia.

Leia Também: Candidato a líder de Macau quer criar fundo público para diversificar economia

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