A decisão foi adotada na reunião do comité ministerial conjunto de supervisão da OPEP+, que reúne os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros aliados, como a Rússia.
A reunião decorreu por videoconferência e terminou sem que os membros tenham proposto alterações às medidas vigentes.
Entre elas destaca-se um aumento de 180.000 barris diários no mês de dezembro, a cargo de oito dos 22 países da aliança.
No entanto, o comité advertiu que a qualquer momento pode convocar uma reunião extraordinária para reajustar os níveis de produção se isso for considerado necessário.
"O comité avaliará continuamente as condições do mercado", assinalou a OPEP em comunicado.
Na sua última reunião, em agosto, o comité ministerial já tinha aprovado o plano para reverter gradualmente as reduções voluntárias de petróleo de oito países a partir de 01 de outubro, mas no dia 05 de setembro foi decidido adiar por dois meses esse aumento da produção.
Esta sessão foi convocada quando a principal preocupação dos mercados petrolíferos era o abrandamento do consumo na China, que pressionava em baixa os preços do crude.
Mas a reunião acabou por decorrer numa altura em que a escalada da tensão no Médio Oriente, depois do ataque do Irão a Israel com mísseis, na terça-feira, reverteu a tendência de descida do preço do petróleo registada nos últimos três meses.
O barril de Brent (de referência na Europa), que antes do ataque iraniano estava abaixo dos 70 dólares, subia hoje 3% e aproximava-se dos 76 dólares, ao mesmo tempo que o petróleo WTI do Texas rondava os 72 dólares, com um aumento idêntico.
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