Financiamento do BEI à alta velocidade ajuda projeto a ficar mais barato
O financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) para a alta velocidade, de três mil milhões de euros, traz "claras vantagens", nomeadamente no preço da dívida, tornando o projeto mais barato para os contribuintes, disse o vice-presidente da IP.
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Economia IP
Segundo Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), o BEI aprovou, para esta primeira fase, um financiamento global da ordem dos três mil milhões de euros, em condições favoráveis.
"Todos nós temos uma noção clara das vantagens do BEI quer a nível de maturidades quer a nível do preço dessa dívida", referiu, salientando que "quanto mais baixo o custo da divida, mais barato ficará o projeto para os contribuintes portugueses".
O projeto conta ainda com um financiamento comunitário de 813 milhões de euros, no âmbito do programa CEF 2 (Connecting Europe Facility).
O gestor, que falou durante a cerimónia de adjudicação da primeira parceria público-privada (PPP) da alta velocidade, em Lisboa, fez um balanço de todos os projetos que estão a decorrer não só no projeto entre Lisboa e Porto, mas também Porto-Vigo e Lisboa-Madrid, assegurando que estão a ser cumpridos os prazos.
Foi hoje adjudicada a concessão da linha ferroviária de alta velocidade entre Porto (Campanhã) e Oiã, que integra a primeira de três fases da nova ligação Porto-Lisboa, ao Consórcio Lusolav, formado pelas empresas Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Construções Gabriel A.S. Couto.
Este contrato de concessão, segundo lembrou a IP numa nota, inclui "a conceção, projeto e construção de 71 quilómetros de uma nova linha de alta velocidade entre a Estação de Campanhã, no Porto, e Oiã, a adaptação da atual estação de Campanhã às necessidades da alta velocidade, uma nova estação enterrada em Vila Nova de Gaia, na zona de Santo Ovídio, uma nova ponte sobre o rio Douro, ligações à Linha do Norte, nas proximidades de Canelas e uma nova subestação de tração elétrica na zona de Estarreja".
O contrato, que ainda terá de passar pelo crivo do Tribunal de Contas, inclui, também, "a manutenção e disponibilização, por um período de 25 anos", dos elementos executados, com exceção da Estação de Campanhã e da componente à superfície da Estação de Gaia (Sto. Ovídio).
Com um prazo total de 30 anos, abrangendo "um período de desenvolvimento, que se estima que seja de 5 anos, e um período de disponibilização da infraestrutura de 25 anos", foi adjudicado por um valor superior a 1,6 mil milhões de euros, "expresso em valor atual líquido, por referência a dezembro de 2023", sendo que "ao valor da adjudicação acresce um valor máximo de 480.000.000,00 euros, a ser pago pela IP à futura concessionária".
Foi já lançado o concurso para a PPP seguinte, entre Oiã e Soure, num investimento de mais de 1,9 mil milhões de euros.
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