Mais dois bancos moçambicanos com inspetores residentes do banco central

O Banco de Moçambique nomeou hoje inspetores residentes para os bancos BCI e Standard Bank, para garantir o seu acompanhamento, passando assim as três maiores instituições financeiras do país a contar com este tipo de inspeção.

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Lusa
14/10/2024 13:10 ‧ 14/10/2024 por Lusa

Economia

Banco de Moçambique

"O Banco de Moçambique reafi­rma que, apesar desta ação de supervisão, o Banco Comercial e de Investimentos, S.A. e o Standard Bank, S.A. permanecem sólidos e estáveis", sublinha-se no comunicado do banco central.

 

Na mesma informação, o banco central refere que a decisão enquadra-se nas necessidades de "garantir um acompanhamento contínuo, objetivo e imparcial das atividades das instituições de crédito e sociedades ­financeiras, preservando os interesses dos clientes e assegurando a estabilidade do sistema ­financeiro".

Com efeitos a partir do dia de hoje foi nomeada Adelina José Chilaúle, quadro sénior do Banco de Moçambique, para as funções de inspetora residente no Banco Comercial e de Investimentos (BCI), do grupo português Caixa Geral de Depósitos (CGD), e Cláudio Júlio Mangue, igualmente quadro sénior do banco central, para o cargo de inspetor residente no Standard Bank.

"Os novos inspetores residentes darão continuidade à abordagem de supervisão baseada no risco e participarão em reuniões relevantes dos órgãos colegiais dos bancos supracitados", acrescenta-se no comunicado.

Com esta decisão, todos os três maiores bancos do país passam a ter inspetores residentes do Banco de Moçambique, depois da nomeação, em 03 de maio, de Hélder Manuel Chachuaio Muianga para inspetor residente no Millennium - Banco Internacional de Moçambique (BIM), do grupo português BCP.

BCI, Millennium BIM e Standard Bank são os três bancos considerados sistémicos em 2024 pelo banco central, à semelhança da classificação de 2023.

Os bancos moçambicanos lucraram 30,8 mil milhões de meticais (445,3 milhões de euros) em 2023, mais 8,1% face ao ano anterior, dos quais 73,9% concentrados nas três maiores instituições, segundo dados anteriores do Banco de Moçambique.

"Esta variação é justificada, principalmente, pelo incremento dos outros resultados de exploração em cerca de 6.000 milhões de meticais [86,3 milhões de euros] e da margem financeira em 2,3 mil milhões de meticais [33 milhões de euros]", refere-se no relatório de estabilidade financeira de 2023 do Banco de Moçambique, divulgados anteriormente pela Lusa.

Leia Também: Banco de Moçambique diz que modernização levou a inclusão quase a 100%

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