BCE desce taxas de juro pela 3.ª vez, mas inflação "deve aumentar"

O Banco Central Europeu explica que o processo de "desinflação está bem encaminhado", mas alerta também para as condições de financiamento, que "continuam a ser restritivas".

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© Boris Roessler/picture alliance via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
17/10/2024 13:23 ‧ 17/10/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Taxas de juro

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, esta quinta-feira, a descida das taxas de juro em 0,25 pontos percentuais.

 

Segundo um comunicado publicado no site, a taxa de depósitos cai assim para 3,25%.

Esta é a terceira vez consecutiva que o BCE 'corta' esta taxa, após uma primeira descida em junho e uma segunda em setembro. "O Conselho do BCE está determinado a assegurar que a inflação regresse atempadamente ao seu objetivo de médio prazo de 2%. Manterá as taxas diretoras suficientemente restritivas durante o tempo necessário para atingir este objetivo", lê-se na nota.

O banco presidido por Christine Lagarde dá conta de que o processo de "desinflação está bem encaminhado", mas alerta também para as condições de financiamento, que "continuam a ser restritivas". Para além deste aviso, o BCE deixa ainda outro: "Prevê-se que a inflação aumente nos próximos meses, antes de descer para o objetivo no decurso do próximo ano. A inflação interna permanece elevada, uma vez que os salários continuam a aumentar a um ritmo elevado. Ao mesmo tempo, as pressões sobre os custos do trabalho deverão continuar a diminuir gradualmente, com os lucros a amortecerem parcialmente o seu impacto na inflação".

A alteração terá efeitos a partir de 23 de outubro.

Em conferência de imprensa, Lagarde informou que a decisão deste 'corte' foi "unânime" no banco central, com o desempenho económico na zona euro mais débil do que o esperado, mas afastou uma recessão.

"A informação que nos chegou sugere que a atividade económica foi mais débil do que o esperado", disse a líder do BCE, observando que em relação à evolução económica, embora a produção industrial tenha sido "particularmente volátil", durante os meses de verão as pesquisas mostram que a indústria transformadora continuou a contrair-se.

Lagarde vê economia mais débil na zona euro, mas afasta recessão

Lagarde vê economia mais débil na zona euro, mas afasta recessão

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou hoje que a decisão de cortar as taxas de juro foi "unânime" no banco central, com o desempenho económico na zona euro mais débil do que o esperado, mas afastou uma recessão.

Lusa | 16:01 - 17/10/2024

[Notícia atualizada às 16h04]

Leia Também: Bolsas europeias em alta, a antecipar segundo corte da taxa diretora do BCE

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