A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, admitiu, esta sexta-feira, que a intenção do Governo é mesmo continuar a descongelar a taxa de carbono, que terá um impacto nos preços dos combustíveis.
"A taxa de carbono tinha começado a ser descongelada pelo anterior Governo e agora foi ainda mais descongelada. Desde que não haja uma crise, continuará a ser descongelada", disse a ministra na CNN Portugal Summit dedicada à Economia Verde, citada pela estação televisiva.
A taxa de carbono, recorde-se, tinha sido suspensa em dezembro de 2022, numa altura de aumento do preço dos combustíveis. Em maio de 2023, o anterior Governo tinha iniciado o descongelamento, mas em agosto voltou a interrompê-lo. Já em agosto deste ano, o novo Governo decidiu voltar a descongelar parcialmente a taxa.
"Há condições para definir o que é emergência energética e a partir daí o Governo tem liberdade para atuar. Em condições normais, vamos deixar o mercado funcionar e vamos ter incentivos à descarbonização", disse a ministra, adiantando que "no caso do preço dos combustíveis depende da circunstância geopolítica".
"Neste momento, não temos crise energética e, não tendo crise, temos uma taxa de carbono, uma lei, que está a funcionar para desincentivar o consumo de combustíveis fósseis", acrescentou.
Sublinhe-se que os impostos representaram 52,2% do total do preço de venda ao público da gasolina e 46,6% da fatura do gasóleo, em agosto, altura em que o Governo atualizou a taxa de carbono.
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