Morningstar DBRS antecipa "forte desempenho" da banca portuguesa
Os bancos portugueses deverão atingir lucros recorde este ano e ter um "forte desempenho" em 2025, de acordo com uma análise hoje divulgada pela Morningstar DBRS.
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Economia Banca
"Esperamos outro ano de resultados fortes, com os bancos a reduzirem provisões, com as taxas de juro a baixarem gradualmente e com a margem financeira a continuar elevada", refere um documento da Morningstar DBRS, hoje divulgado.
"As principais métricas financeiras dos maiores bancos portugueses continuaram fortes no terceiro trimestre de 2024. O lucro líquido voltou a aumentar em duplos dígitos durante os primeiros nove meses devido a um crescimento duradouro da margem financeira resultante de taxas de juro ainda mais altas e uma redução constante de provisões e imparidades", acrescenta a agência de notação financeira.
Nesse sentido, a nota, que se debruçou sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander, Novo Banco, BPI, regista que "os lucros dos bancos portugueses vão este ano atingir novamente novos máximos".
De igual forma, os analistas da agência de notação esperam que "as taxas de crescimento estabilizem em níveis estruturalmente elevados nos próximos trimestres, à medida que as taxas de juro baixem gradualmente".
Apesar das subidas das taxas de juro, "a qualidade dos ativos continua sólida", numa evolução estimulada pelo declínio persistente do crédito malparado.
A Morningstar DBRS sublinhou que os lucros saudáveis nos últimos anos e a geração de capital interno "mantiveram fortes os rácios de capital" da banca em Portugal.
Apesar de antecipar uma diminuição gradual tanto das taxas de juro dos depósitos, como das dos créditos - a par das políticas monetárias do Banco Central Europeu (BCE) -, a agência de notação financeira admite que o alívio destas políticas poderá estimular uma "recuperação adicional do volume de empréstimos a taxas estruturalmente mais elevadas e apoiar os lucros dos bancos".
Os cinco maiores bancos a operar em Portugal tiveram um lucro agregado de 3.915,70 milhões de euros entre janeiro e setembro, um aumento de 19% face ao mesmo período de 2023, segundo contas da Lusa.
Os resultados líquidos de Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander Totta, BCP, BPI e Novo Banco continuaram a ser impulsionados pela margem financeira - a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos - ainda que com menos impacto do que em 2023 devido à redução gradual das taxas de juro.
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