Num breve comunicado, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) explicou que a mudança da data se deve ao facto de vários ministros que vão participar no encontro assistirem no domingo a uma cimeira de países do Golfo no Kuwait.
A conferência ministerial da denominada 'aliança OPEP+' (OPEP e aliados), uma reunião semestral e regular, tem vindo a manter em suspenso os mercados mundiais de petróleo há dias.
O principal ponto da agenda do encontro é decidir se dão 'luz verde' a um aumento paulatino da produção a partir de 1 de janeiro, depois de o terem adiado já duas vezes, já que originalmente iria começar em outubro passado.
Segundo analistas, a razão dos atrasos é o temor de que um aumento possa impulsionar para baixo os preços do 'ouro negro' num mercado saturado, apesar das fortes reduções da oferta aplicadas pela OPEP+ desde o final de 2022.
O plano original, sancionado em junho, era devolver ao mercado a partir de outubro um total de 2,2 milhões de barris diários de petróleo, de forma gradual e no decurso de 12 meses, com início de um aumento mensal de 180.000 barris diários.
Desta forma reverter-se-ia parte dos 5,86 milhões de barris por dia que a OPEP+ cortou desde outubro de 2022, equivalente a quase 6% da procura global, para apoiar os preços do petróleo.
Os restantes cortes, de 3,66 milhões de barris por dia, mantêm-se em vigor até ao final de 2025.
Desconhece-se ainda se os 12 membros da OPEP, liderados pela Arábia Saudita, e os 10 aliados, liderados pela Rússia, têm previsto ir a Viena na próxima quinta-feira, ou realizarão o encontro remotamente.
Leia Também: Reunião ministerial da OPEP adiada para 05 de dezembro