Segundo o inquérito aos consumidores publicado hoje pelo Banco Central Europeu (BCE), os cidadãos da zona euro mantiveram as expectativas de inflação para os próximos três anos em 2,1%, o nível mais baixo desde fevereiro de 2022, quando começou a guerra na Ucrânia.
Os consumidores também percecionaram que a subida dos preços tinha sido menor nos últimos 12 meses terminados em outubro, ao situar a inflação em 3,2%, menos duas décimas que no mês anterior.
Mesmo assim, a perceção dos consumidores foi superior à inflação real de outubro da zona euro, que se situou em 2%.
Simultaneamente, as previsões dos consumidores foram piores que as publicadas pelo BCE em setembro, quando a instituição projetava uma inflação de 2,2% para 2025 e de 1,9% para 2026.
Em outubro, os consumidores da zona euro acreditavam que o seu rendimento cresceria 1,1%, menos duas décimas que no mês anterior, e que os gastos nos próximos meses subiriam 5%, contra 5,2% em setembro.
Em relação à economia, as expectativas dos consumidores tornaram-se mais sombrias, já que consideraram que o Produto Interno Bruto (PIB) se contrairia 1,1% nos próximos 12 meses, contra um recuo de 0,9% em setembro.
Contudo, os consumidores acreditam que a taxa de desemprego se situaria em 10,4% no próximo ano, contra a estimativa de 10,6% no mês anterior.
Em relação à habitação, os consumidores acreditam que o preço vai crescer 2,8% nos próximos 12 meses, a mesma variação que estimavam em setembro.
Para as taxas de juro, os consumidores estimaram em outubro que estas desçam para 4,6%, menos uma décima que no mês anterior.
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