Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) diz que nas comunicações eletrónicas "a NOS foi o prestador que registou mais reclamações tanto em termos absolutos como relativos no terceiro trimestre de 2024", sendo que "ao todo, a NOS registou 5,3 mil reclamações (37% do total do setor) e 1,8 reclamações por mil clientes".
No entanto, as reclamações contra este operador diminuíram 8% neste período.
Por sua vez, "a Vodafone registou 1,3 reclamações por mil clientes e um total de 4,8 mil reclamações (33% do total do setor), menos 10% do que em igual período do ano passado", destacou.
Já a Meo foi o prestador que registou "o menor número de reclamações no setor (0,8 reclamações por mil clientes), com quatro mil reclamações (28% do total), e o que mais viu diminuir o volume de reclamações no terceiro trimestre do ano (menos 16% face ao mesmo período de 2023)", destacou a Anacom.
Segundo a entidade, "a demora ou não resolução de reclamações foi o motivo mais reclamado pelos utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas, responsável por 2,3 mil reclamações (16% do total) no terceiro trimestre do ano", sendo este o motivo que mais aumentou neste período, em 4 pontos percentuais (p.p.).
A Anacom destacou ainda "os aumentos relativos à faturação de valores após o cancelamento do serviço e a faturação de valores relativos a condições contratuais não concretizadas (+2 p.p.)", com a "demora ou reparação deficiente de falhas nos serviços" a "ser o motivo com a maior diminuição (-9 p.p.), face a igual período do ano anterior".
Já no caso dos serviços postais, "os CTT foram o operador mais reclamado, tendo sido alvo de 8,3 mil reclamações (81% do total)", um número que "representa um aumento de 6% em comparação com o mesmo período de 2023".
Por sua vez, a "DPD representou 9% das reclamações registadas (cerca de mil reclamações) e viu aumentar em 5% as reclamações no período em análise".
A Anacom destacou ainda "o conjunto de outros prestadores postais menos reclamados (General Logistics, UPS, CEP II, DHL, entre outros), que representa cerca de 10% das reclamações do setor e registou o maior aumento neste período (+21%)".
O motivo mais mencionado nas reclamações no caso dos serviços postais é a falta de tentativa de entrega no domicílio (21%), com as reclamações sobre os atrasos na entrega de correio nacional a serem "as que mais aumentaram face ao período homólogo (+7 p.p.). O atraso na entrega de encomendas foi o motivo que mais diminuiu (-5 p.p.)".
Globalmente, as reclamações no setor das comunicações diminuíram 5% no terceiro trimestre, em termos homólogos, sobretudo devido à quebra de 12% nas queixas sobre comunicações eletrónicas, tendo as relativas aos serviços postais aumentado 7%, segundo dados da Anacom, divulgados na segunda-feira.
A Anacom registou cerca de 24.700 reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 5% do que em igual período de 2023, de acordo com os dados disponíveis no 'site' do regulador.
À semelhança do que tem sucedido, esta descida foi, sobretudo, impulsionada pela redução homóloga de 12% das reclamações sobre comunicações eletrónicas, para 14.500, enquanto as reclamações sobre serviços postais registaram um novo aumento homólogo, de 7%, para 10.300.
Segundo os dados do regulador, 58% das reclamações dizem respeito às comunicações eletrónicas, enquanto os restantes 42% do total dizem respeito aos serviços postais.
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