Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,69%, o tecnológico Nasdaq ganhou 1,30% e o alargado S&P500 valorizou 0,61%.
"Neste momento, os investidores estão à procura de motivos para investir", observou Steve Sosnick, da Interactive Brokers, "e não há nada que pareça opor-se a esta vontade".
Depois de um mês de novembro em 'tiro de canhão', a praça nova-iorquina iniciou dezembro com o pé no acelerador, o que é ilustrado pelo S&P500, que regista três recordes no fecho em outras tantas sessões bolsistas.
O desempenho de hoje deve-se em particular ao regresso das mega capitalizações tecnológicas, que estavam a marcar passo desde há algum tempo.
Para Patrick O'Hare, da Briefing.com, os resultados e comentários do especialista de marketing e da relação com clientes Salesforce, que acabou em alta de 10,99%, serviram hoje de catalisador para os conglomerados tecnológicos.
Mais do que o lucro aquém do esperado, os investidores valorizaram o volume de negócios e os objetivos para o trimestre em curso, que saíram acima das previsões.
Foram também conquistados pelo acento colocado pelo grupo na inteligência artificial, que lhe permitiu desenvolver instrumentos de relação com os clientes e de prospeção de mercados que dispensam a intervenção humana.
"Os investidores decidiram com base nestas informações", comentou Patrick O'Hare.
Em foco particular estiveram Nvidia (+3,48%), Microsoft (+1,44%) e Amazon (+2,21%).
Depois das apostas em outras valores, em particular industriais e financeiros, "os investidores regressam ao que tem funcionado para eles", disse Steve Sosnick. "Permanecem investidos de forma massiva" no setor tecnológico "e pretendem que suba no final do ano", especificou, para apresentar um quadro favorável à sua estratégia de investimento.
Entretanto, o índice PMI do instituto ISM evidenciou um arrefecimento da atividade no setor dos serviços em novembro.
"Esta informação pesou sobre os rendimentos obrigacionistas e reforçou o cenário de uma descida da taxa de juro de referência em um quarto de ponto percentual, por ocasião da próxima reunião da Fed", em 17 e 18 de dezembro, estimou José Torres, da Interactive Brokers.
Porém, o presidente da Fed, Jerome Powell, preveniu que a boa saúde da economia dos EUA autorizava o banco central a "mostrar-se umpoiuco mais prudente" quanto ao alívio monetário em curso.
"Powell realça a precaução, mas (os investidores) veem sobretudo o bom estado da economia", contrapôs Sosnick.
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