O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considerou que o relatório inicial sobre o desenvolvimento da capacidade aeroportuária de Lisboa entregue pela ANA Aeroporto, hoje, ao Governo, representa a "resenha histórica de dois anos de uma decisão que país aguarda há 50 anos".
Miranda Sarmento lembrou que a última vez que se realizou um documento do género foi em 1968 pelo que considerou “que foi muito tempo em que o pais passou a discutir", mas, enalteceu, "há hoje uma decisão”.
“É uma decisão que tem a colaboração da atual concessionária de aeroportos, um grupo privado estrangeiro que é um player reconhecido a nível mundial dos aeroportos. É um dia muito importante”, salientou, fazendo saber que o Governo vai analisar “em detalhe o relatório” nos próximos dias.
“É muito importante que o país tenha tomado esta decisão e se faça o novo aeroporto”, defendeu, lembrando que este “não é só vital para Lisboa como para o pais, para reforçar a sua capacidade aeroportuária”.
Morais Sarmento lembrou, ainda, que esta infraestrutura é “responsabilidade de um grupo privado internacional e isso mostra como Portugal é hoje um país muito atrativo para o investimento e como consegue hoje captar grandes projetos e financiamento. Garantiu também que é um “projeto que procuraremos desenvolver [de modo a que] os encargos para o Orçamento do Estado sejam o mais limitados possível, se possível sem qualquer impacto para os contribuintes”.
Por fim, o ministro das Finanças voltou a lembrar o “impacto económico muito significativo” do projeto, dado o “montante expetável de investimento que se espera ter”.
Recorde-se que o Governo aprovou, em maio, a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI).
O executivo estima que o Aeroporto Luís de Camões entre em funcionamento em 2034, mostrando-se menos otimista do que a CTI, que apontava a conclusão da primeira pista para 2030 e um custo total da obra de 6.105 milhões de euros.
[Notícia atualizada às 11h24]