A taxa de juros de referência dos Estados Unidos encontra-se agora na faixa de 4,25% a 4,50%, um corte que já era esperado pelos analistas e investidores.
Na justificação para esta decisão, os responsáveis da Fed apontam que "indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido", salientando que "desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho melhoraram em geral e a taxa de desemprego aumentou, mas permanece baixa".
"A inflação registou progressos em direção ao objetivo de 2%, mas permanece algo elevada", acrescentam.
Os analistas consultados pela Lusa tinham sinalizado também que era esperado um tom mais cauteloso relativamente ao caminho futuro, nomeadamente tendo em conta a incerteza internacional e possíveis impactos das políticas do presidente eleito, Donald Trump.
No que diz respeito a cortes futuros, a Fed indica que "ao considerar a extensão e o momento dos ajustamentos adicionais ao intervalo-alvo da taxa dos fundos federais, o Comité avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspetivas e o equilíbrio dos riscos".
Além disso, "ao avaliar a orientação adequada da política monetária, o Comité continuará a monitorizar as implicações das informações recebidas para as perspetivas económicas", estando "preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir a concretização dos objetivos".
Nesta decisão, registou-se um voto contra, de Beth M. Hammack, presidente da Reserva Federal de Cleveland, que preferia manter as taxas inalteradas.
A Fed divulgou ainda uma atualização das previsões económicas, revendo em alta a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para 2,5% este ano e 2,1% no próximo, acima dos 2% estimados em setembro.
[Notícia atualizada às 19h42]
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