Os cortes fazem parte de "um programa plurianual de simplificação e reorientação da BP", concebido para melhorar a sua competitividade "através da redução dos custos", lê-se no comunicado.
As 4.700 saídas internas "representam uma grande parte da redução planeada para este ano", afirma a empresa, sugerindo que serão feitos novos anúncios em 2025.
"Compreendo e reconheço a incerteza que isto cria para todos aqueles cujos postos de trabalho podem estar em risco, bem como o efeito que isto pode ter nos colegas e nas equipas", escreveu o presidente executivo do grupo, Murray Auchinclos, numa carta dirigida aos empregados à qual a AFP teve acesso.
Questionada pela Lusa sobre se estão previstos cortes de postos de trabalho em Portugal, a empresa respondeu que "não está a fornecer detalhes por região".
Em outubro, o grupo anunciou uma queda dos lucros no terceiro trimestre, para 206 milhões de dólares, contra 4,9 mil milhões de dólares um ano antes, afetados por margens de refinação mais baixas, vendas fracas e redução de ativos, num contexto de queda dos preços.
A empresa avisou também na terça-feira que esperava que a produção de petróleo no último trimestre de 2024 fosse inferior à do trimestre anterior e alertou para margens "mais baixas" na sua atividade de refinação.
Há meses que os investidores especulam que a empresa poderá voltar atrás em relação a alguns dos seus objetivos climáticos, incluindo o compromisso de reduzir a produção de petróleo em 25% até 2030, em relação aos níveis de 2019.
A petrolífera acrescenta que divulga os seus resultados em dólares por ser essa a moeda em que o crude é negociado.
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