Segundo o último relatório Perspetivas Económicas Globais, do Banco Mundial, o ritmo de crescimento da economia mundial é "insuficiente para promover o desenvolvimento económico sustentado, reforçar a recuperação dos rendimentos 'per capita' e compensar os danos causados por vários anos de sucessivos choques negativos".
Existem riscos para o crescimento, nomeadamente relacionados com incerteza relativa às políticas comerciais e fragmentação do comércio, pelo que são necessários esforços para assegurar o comércio e lidar com as vulnerabilidades da dívida pública.
A pesar no crescimento mundial está também a desaceleração nos Estados Unidos e na China, sendo de notar que os países em desenvolvimento impulsionam 60% do crescimento global.
O Banco Mundial sublinha que, "mesmo com a estabilização da economia global nos próximos dois anos, a expectativa é que as economias em desenvolvimento registem um progresso mais lento rumo aos níveis de rendimento das economias avançadas".
O crescimento das economias em desenvolvimento abrandou após a crise de 2008, tendo também sido afetado pela pandemia e pelas restrições ao comércio global verificadas no ano passado.
Perante este cenário, Indermit Gill, economista-chefe e vice-presidente sénior de Economia do Desenvolvimento do Grupo Banco Mundial, alerta, citado em comunicado, para que "os próximos 25 anos serão mais difíceis para as economias em desenvolvimento do que os últimos 25".
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