"É preciso conciliar o objetivo", afirmou o diretor numa conferência sobre a eletricidade europeia em que participou Maros Sefcovic, vice-presidente executivo da Comissão Europeia para o Pacto Verde Europeu.
"Atualmente, estou a investir em fábricas na Europa [...] para produzir combustível sustentável para a aviação (SAF), mas vejo SAF importado da China a um custo muito inferior ao que posso produzir na Europa [...] Não estou protegido", afirmou Patrick Pouyanné.
Para o diretor do grupo francês de petróleo e gás, que está a diversificar a atividade e a dedicar um terço dos seus investimentos às energias renováveis, "a agenda [verde da UE] não protege claramente as indústrias europeias", ao passo que os Estados Unidos "o fizeram sob o comando de (Joe) Biden", através do mega-plano de apoio à indústria verde americana IRA (inflation reduction act).
"Sou um grande investidor em energia solar nos Estados Unidos [...] Se quero ter um incentivo fiscal, sou obrigado a contratar fabricantes de painéis solares nos EUA", explicou.
O dirigente do grupo francês, que se descreve como o primeiro exportador de gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos, é um dos diretores que interpelará Donald Trump durante a sua videoconferência no Fórum de Davos, na quinta-feira, prevista para as 16:00 GMT.
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