A inflação (aumento dos preços em relação ao mesmo período do ano anterior) subiu assim pelo quarto mês consecutivo em Espanha.
Segundo o INE, o aumento da inflação em janeiro deveu-se sobretudo ao preço dos combustíveis, que tinham baixado em janeiro de 2024, assim como os da eletricidade, que aumentaram mais do que no mesmo mês do ano passado.
Quanto à taxa de inflação subjacente (sem a energia e os produtos alimentares frescos, tradicionalmente os mais voláteis do cabaz de compras), foi de 2,4% em janeiro em Espanha, menos duas décimas do que no mês anterior.
Espanha acabou no final de setembro de 2024 com o IVA zero em alguns alimentos e repôs até ao final do ano passado todos os valores normais deste imposto sobre o consumo, terminando assim com quase três anos de medidas extraordinárias para controlar a inflação.
O Governo de Espanha adotou pacotes para responder à subida dos preços depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados da União Europeia (UE) e de em julho daquele ano ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).
Só ao longo de 2022, Espanha aprovou vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), com um valor de cerca de 45.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais, como a redução do IVA da eletricidade e do gás ou um desconto na compra de combustíveis.
Segundo os dados oficiais mais recentes, a taxa de inflação nos países da moeda única europeia (zona euro) foi 2,5% em janeiro.
Entre os países da área do euro, Croácia (5,0%), Bélgica (4,4%) e Eslováquia (4,1%) apresentaram as taxas mais altas de inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC).
As mais baixas, por outro lado, foram registadas na Finlândia (1,6%), Itália e Malta (1,7%) e França (1,8%).
Em Portugal, a inflação medida pelo IHPC terá chegado, em janeiro, aos 2,7%.
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