Num comunicado, o Governo de Hong Kong disse que Sun Dong parte hoje à frente de uma delegação de representantes da área da inovação e tecnologia, que estará em Lisboa em 06 de março.
O programa da visita inclui "reuniões e intercâmbios com líderes dos setores político, empresarial e de inovação e tecnologia locais", bem como visitas a infraestrutura, parques tecnológicos, institutos de investigação e empresas.
O objetivo é "reforçar os laços e a cooperação" com Portugal neste setor, "promovendo as vantagens da inovação e tecnologia de Hong Kong e explorando oportunidades de negócio no estrangeiro", segundo o comunicado.
A delegação inclui dirigentes de três instituições públicas: a HKSTP, uma empresa criada em 2001 para promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico na região, o Instituto de Investigação em Ciência e Tecnologia Aplicadas e o Instituto de Investigação e Desenvolvimento da Microeletrónica.
Além disso, vão estar em Lisboa dirigentes do parque tecnológico Cyberport, bem como representantes de 24 empresas ou instituições de inovação e tecnologia de Hong Kong.
Antes de passar por Lisboa, a delegação de Hong Kong vai estar em Barcelona, no nordeste de Espanha, para participar no Mobile World Congress, considerado um dos eventos tecnológicos mais influentes a nível mundial.
Esta vai ser a segunda visita a Portugal de um membro do Governo de Hong Kong no espaço de um ano, depois de o secretário para os Serviços Financeiros e Tesouro da região ter passado por Lisboa em junho.
Na altura, Christopher Hui Ching-yu pediu a Portugal para retirar Hong Kong da lista de paraísos fiscais e defendeu que já cumpre os padrões da União Europeia (UE) para combater a evasão fiscal.
O pedido foi apresentado num encontro com a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, "à luz dos esforços contínuos de Hong Kong no apoio à cooperação internacional".
Christopher Hui "manifestou preocupação" por Hong Kong ser considerado um paraíso fiscal desde que Portugal criou a lista, em 2004.
Algo que "sujeitaria as empresas de Hong Kong a um aumento de impostos e a medidas especiais" em Portugal, sublinhou o governante, que recordou ainda que as duas partes assinaram um acordo para evitar a dupla tributação, que entrou em vigor em 2012.
A lista inclui 80 países, territórios e regiões que Portugal classifica como tendo regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis, e relativamente aos quais são aplicadas em variadas movimentações financeiras taxas de impostos agravadas.
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