Neste período, o valor total das mercadorias transportadas ascendeu a 610 milhões de yuan (78,49 milhões de euros), de acordo com a mesma fonte.
A rota, que começou a funcionar em 18 de dezembro de 2024, tem duas viagens semanais e reduziu o tempo de transporte entre o Peru e a China de mais de um mês para cerca de 23 dias.
Também levou a uma redução de pelo menos 20% nos custos de transporte.
Os principais produtos transportados são automóveis chineses e fruta e farinha de peixe peruanos.
Para otimizar a gestão da nova rota, as alfândegas chinesas implementaram um "canal verde" que acelera os procedimentos e reforça a supervisão do transporte marítimo, com o objetivo de melhorar a eficácia e a segurança da operação.
Com o custo de construção estimado em 3,5 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros), o porto serve como centro logístico fundamental na região e um ponto de ligação crucial entre a América do Sul e o Indo-Pacífico.
A ligação também facilitou o comércio com a Ásia a partir de outros países da América Latina, como o Brasil, o Equador e a Colômbia.
A infraestrutura é de especial interesse para o Brasil, que pode assim obter acesso ao oceano Pacífico.
A infraestrutura é detida a 60% pela empresa de navegação estatal chinesa Cosco Shipping e os restantes 40% pela empresa mineira peruana Volcán Compañía Minera, o quarto maior produtor mundial de prata e zinco.
Na última década, o país asiático construiu de raiz ou comprou participações maioritárias numa vasta rede de portos fundamentais para o comércio mundial, desde o Pireu, na Grécia, a Gwadar, no Paquistão.
Segundo o grupo de reflexão Council on Foreign Relations, as empresas estatais chinesas detêm participações em cerca de 100 portos em 64 países, em todos os oceanos e continentes, exceto na Antártida. A própria China alberga oito dos dez maiores portos de contentores do mundo.
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